sexta-feira, 3 de julho de 2015

Encontrado no Irã o primeiro olho artificial do mundo

Uma mulher com 5000 anos, cujo esqueleto foi encontrado no Irã, teve seu rosto reconstruído com a mais recente tecnologia disponível por um grupo de antropólogos, paleontólogos e especialistas forenses. Eles acreditam se tratar de uma sacerdotisa da época. Mas o que mais chamou a atenção dos especialistas envolvidos foi a presença de um olho artificial ainda alojado na órbita do olho de seu crânio depois de milhares de anos. Maryam Tabeshian, da Agência de Notícias do Patrimônio Cultural do Irã, noticiou o fato de pesquisadores terem escavado um esqueleto com idade entre 4800-5000 anos que portava um olho artificial, juntamente com outros achados na conhecida “Cidade Queimada”, localizada perto da cidade de Zahedan, no sudeste do Irã. O sítio arqueológico desta cidade também rendeu outros achados interessantes, incluindo uma régua de medição antiga e peças de um jogo parecido com o gamão atual. Os pesquisadores constataram que o olho artificial pertencia a uma mulher com idade entre 25-30 anos. No túmulo da mulher foram encontrados vasos de barro, um saco de couro, um espelho de bronze e outros ornamentos. O professor Michael Harris, um especialista na área de oftalmologia da Universidade de Califórnia, declarou ser muito improvável que tal atenção e esforço de se enterrar a mulher com seus pertences tenha sido pago por algum plebeu. Assim, ele acredita que a tal mulher pode “ter sido um membro de uma família real ou uma pessoa rica”. Próteses oculares eram conhecidas na época antiga, pois existem referências feitas a um olho artificial de ouro em textos hebraicos seculares. A prótese encontrada no Irã, no entanto, é diferente na medida em que é uma prova da mais antiga tentativa de se fazer uma prótese ocular o mais realista possível. Segundo o professor Mansur Sayyed-Sajadi, que supervisionou a escavação, à primeira vista o olho artificial parece ser uma mistura de alcatrão com gordura animal fixada com um fio dourado fino, mais fino que um milímetro. Uma característica curiosa do "olho" são linhas as paralelas que foram desenhadas ao redor da pupila para criar uma forma de diamante. Dois furos nas laterais do "olho" ajudaram a mantê-lo no lugar, mas a órbita do olho da mulher, no entanto, parece ter desenvolvido um abcesso como resultado do contato constante. Outros testes estão sendo realizados no Irã para determinar a composição química exata desta milenar prótese ocular. (Fonte: Iran Discovery)

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