quinta-feira, 26 de março de 2015

Durante cinco dias da 2ª edição do VerOuvindo o público poderá experienciar e refletir sobre a acessibilidade no audiovisual.

Cartaz de uma das animações Filmes pernambucanos e nacionais serão exibidos de graça e com acessibilidade comunicacional de 8 a 12 de abril no Recife. A segunda edição do Festival VerOuvindo traz, para as grandes telas, curtas e longas metragens editados com audiodescrição (técnica de tradução de imagens) e Libras (língua brasileira de sinais). As sessões acontecerão no Museu Cais do Sertão no Cinema São Luiz. Durante cinco dias, pessoas com deficiência visual ou auditiva terão acesso a uma linguagem geralmente intraduzível para elas: o cinema. A possibilidade de debater sobre a acessibilidade no audiovisual é também um ponto alto do evento. A proposta é envolver os diretores dos filmes, os profissionais da acessibilidade (audiodescritores e intérpretes de Libras) e o público em reflexões sobre a inclusão de pessoas surdas, cegas ou de baixa visão no cinema e demais aparelhos culturais. A mesa de abertura será no dia 8 de abril, na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), e contará com a participação da audiodescritora Lívia Motta (SP) e da produtora e narradora Márcia Caspary (RS). Mostra competitiva Outro destaque do VerOuvindo é a Mostra Competitiva de curtas nacionais com audiodescrição. Foram inscritos filmes de São Paulo, Rio de janeiro, Brasília, Santa Catarina além dos pernambucanos. Serão premiados: o Melhor Roteiro de Audiodescrição (1º, 2º e 3º lugares), a Melhor Locução e a Melhor Audiodescrição pela escolha do Júri Popular (o público cego poderá votar com cédula braille.) Haverá também a categoria "Melhor Filme para Reflexão". O reconhecimento será dado à obra capaz de fomentar debates e discussões após sua exibição. A Federação Pernambucana de Cineclubes – Fepec, entidade parceira do festival, é a responsável pelo prêmio. Homenagem O grupo de pesquisa da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Tramad é o homenageado deste ano. Eles irão receber o prêmio hors concours da Mostra Competitiva de Curtas com Audiodescrição. O filme A Fábrica produzido pelo grupo será exibido no dia 8, às 18:30, antes da mesa de abertura na Unicap. Produção da acessibilidade comunicacional A gravação da acessibilidade comunicacional só foi possível graças à parceria com a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Já o roteiro da audiodescrição foi elaborado por Liliana Tavares com consultoria de Milton Carvalho. A narração dos filmes é de Marcello Trigo e a leitura das legendas de Bruna Cortez e de Robson Souza. A tradução e a interpretação da Libras foi realizada por Anderson Almeida com consultoria de Thiago Albuquerque. Incentivo da Ancine De acordo com a audiodescritora e idealizadora do evento, Liliana Tavares a segunda edição do VerOuvindo acontecerá em um cenário favorável. “Em dezembro do ano passado, a Ancine estabeleceu que todos os projetos de produção audiovisual financiados com recursos públicos federais deverão ter audiodescrição, Libras e legendas para surdos. É um grande passo para a ampliação do acesso à cultura”, destaca. “O VerOuvindo é o festival que premia esta categoria contemplada pela Ancine. Planejamos, em 2016, premiar audiodescrição em dinheiro com o intuito de fortalecer a produção de qualidade dessa tecnologia assistiva”, completa Liliana. Programação Na programação estão os curtas: Olhar Surdo de Cláudia Moraes, Deixem Diana em Paz de Júlio Cavani, Cadeira de Arruar de Chico Egídio, Lua Nova do Penar de Leila Jinkings e os longas Uma passagem para Mário de Eric Laurence e Meninos de Kichute de Luca Amberg. Confira mais detalhes abaixo: VerOuvindo – Programação -Entrada Gratuita Dia 8, Universidade Católica – 18:30h - Mesa de abertura - A Produção da Audiodescrição no Audiovisual: Roteiro e narração. Lívia Motta (SP)- Cinema em Palavras: A construção de roteiros de audiodescrição;Marcia Caspary (RS), Narração na audiodescrição. Mediação: Liliana Tavares (PE) Dia 9, Museu Cais do Sertão 14h - Mostra Competitiva de curtas com audiodescrição com júri popular. Bate-papo sobre video clip acessível com Luíza Caspary (RS), cantora; Dia 10, Museu Cais do Sertão 14h - Mostra de curtas pernambucanos com audiodescrição e libras e bate-papo com os diretores e profissionais da acessibilidade. Olhar surdo, Cláudia Moares, documentário, 15’, 2013 O Documentário realizado por alunos da Oficina de Audiovisual para Surdosmostra as dificuldades enfrentadas pelos surdos do Vale do São Francisco nas atividades do dia a dia, na escola e para ingressar no mercado de trabalho. Cadeira de Arruar, Chico Egídio, documentário, 10’, 2013 Sentado na sua cadeira, seu Francisco Aristides relembra cenas da seca de 1932, no Campo de Concentrado na localidade de Buriti, Crato, Sertão do Ceará. Lua Nova do Penar, Leila Jinkings, documentário, 27, 2013 A família de Hiram de Lima Pereira, jornalista, ator, poeta, membro do Comitê Central do Partido Comunista e desaparecido político, tinha na música e na poesia um elemento central e unificador. Deixem Diana em Paz, Júlio Cavani, animação, 10’, 2013 No auge de sua carreira profissional e acadêmica, Diana não tem tempo para descansar. Quando completa 30 anos de idade, ela resolve largar tudo para dedicar sua vida apenas ao mar e ao sono Dia 11, Cinema São Luiz, 15h- Exibição de um longa com audiodescrição ao vivo e bate-papo com a audiodescritora Lívia Motta. Meninos de Kichute, Luca Amberg, ficção, 102’, 2010 Meninos de Kichute revela o sonho de Beto, garoto que vive com a família no interior do Brasil, na década de 70, época em que o Brasil foi tricampeão mundial e vigorava o regime militar. Os meninos calçavam tênis Kichute para jogar nos campinhos de terra. Beto quer ser jogador de futebol, mas antes tem que superar seus medos e convencer seus amigos e seu pai que é contra competição. Dia 12, Cinema São Luiz, 15h- exibição de um longa, bate-papo com o diretor e com profissionais da acessibilidade, e entrega da premiação da Mostra competitiva . Uma passagem para Mário, Eric Laurence, documentário, 77’, 2013 O filme conta sobre amizade e superação da morte. Uma reflexão sobre as jornadas e os ciclos da vida através de uma viagem que parte de Recife, no Brasil, atravessa a Bolívia, até chegar ao deserto do Atacama, Chile.  Assessoria de Comunicação Maria Júlia Sette - 81 9994 3214 fonte:midiace

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