quarta-feira, 18 de março de 2015

Concurso estimula criação de roupas para pessoas com deficiência

Concurso Moda Inclusiva Site externo. , promovido pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência do governo do estado de São Paulo. O objetivo é produzir roupas bonitas, práticas e que proporcionem também qualidade de vida em um país que tem 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Segundo a coordenadora do concurso, Daniela Auller, a iniciativa é importante porque ajuda a pensar soluções para o dia a dia das pessoas que têm algum tipo de limitação. "Você estimula um novo segmento, um novo acabamento para roupas. Por exemplo, agora estão estudando até um zíper que fecha sozinho. Para quem não tem uma mobilidade muito boa na parte superior do corpo um tetraplegico ou mesmo quem teve um AVC. Isso vai ajudando a criar novas soluções", diz. De acordo com Daniela, o fato das pessoas terem que pesquisar para fazer os looks acaba ajudando com que elas sejam multiplicadoras. "Na hora que você lança esse concurso na área da moda, o estudante que nem pensava na questão da deficiência, desse tema e se interessa pelo concurso, ele vai buscar em uma instituição, ele vai procurar se inteirar desse assunto para fazer o trabalho. E ele vai virando um multiplicador do tema. E você vai trabalhando a temática em uma parte da sociedade que nem pensava nisso". Ela explica quem pode participar do concurso. "No começo a gente restringia para moda e começamos a ter muita demanda de estudantes de terapia ocupacional, de enfermagem, que começavam a sentir no dia-a-dia do trabalho essas dificuldades e começavam a ter ideias. Então a gente resolveu abrir. Então são estudantes em geral e profissionais da área de moda". A vencedora no ano passado foi a estudante de moda do Paraná Jéssyca Caroline Ghirardi. Para o trabalho, ela conversou com crianças cadeirantes. "A gente acaba observando algumas dificuldades delas, né? Na questão de costura, acessibilidade da peça. São inviáveis para elas costura na parte de trás, bolsos na parte de trás, coisas que elas não vão usar. Então a gente acaba notando algumas coisas e outras perguntando para a mãe o que faltava, o que seria melhor para elas e encaixando dentro do meu projeto", conta. Com o tema Casa de Bonecas, Jéssyca criou uma fantasia de boneca que se transforma em um vestido pela própria criança. A roupa tem saia na frente, mangas presas por botões, abotoamento na frente e nos ombros, além de uma bolsa em forma de casinha para guardar a sonda. A estudante fala do prazer em criar para esse público. "A intenção é conseguir incluir cada vez mais no mercado esse tipo de roupa e também ver que você está ajudando um pouquinho porque já dá muita diferença para quem não tem ainda esse acesso a moda inclusiva", diz. São pessoas com deficiência que desfilam os trabalhos dos finalistas. As inscrições para o Concurso Moda Inclusiva podem ser feitas até o dia 31 de julho pelo site do evento. Fonte: Rádio EBC Site externo.

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