segunda-feira, 25 de julho de 2016
Órgão de defesa de pessoas com deficiência se muda para área sem acessibilidade
A nova sede do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Florianópolis não tem acessibilidade para pessoas com deficiência. Obstáculos
como escadas, meio-fio e calçadas irregulares impedem os usuários da entidade de chegarem ao local, como mostrou o Bom Dia Santa Catarina.
O conselho funcionava no prédio da Secretaria de Assistência Social, na avenida Mauro Ramos, no Centro, mas em junho foi transferido para uma casa na Rua
Victor Meirelles, também no centro. O imóvel foi reformado e adaptado, mas a troca de endereço não foi aprovada pelos membros do conselho.
“A gente oficializou um posicionamento contrário, mas o gestor encaminhou a mudança do conselho sem que a gente permitisse. Eu, como presidente, sou responsável
por isso aqui, então me senti completamente desrespeitado”, disse o presidente do Conselho Leandro de Oliveira.
Sem acesso
Instalado em uma rua com forte inclinação, com calçadas antigas e escadas, o trânsito de cadeirantes, próximo ao conselho, tornou-se inviável. Nas imediações
do órgão, sequer há estacionamento para pessoas com deficiência física. Os membros afirmam que a posição deles sobre mudança de endereço não foi considerada.
“Quem vem pela Praça XV não consegue caminhar com segurança. Como um deficiente visual ou um cadeirante virão trabalhar no conselho se não há acesso?”,
questiona Cleusa Costa, participante da entidade.
De acordo com o IBGE, 28 mil pessoas com deficiência física vivem em Florianópolis. Por causa da falta de procura das pessoas com deficiência, segundo
a RBS TV, a entidade está parada.
Secretaria aguarda MP
O diretor da secretaria de Assistência Social disse à RBS TV que não vê problemas de acessibilidade no novo endereço. “Se não tiver vaga para pessoas com
deficiência lá, a gente vai apelar para o IPUF (Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis) para urgentemente providenciar uma vaga, inclusive uma
para idoso”, disse Luiz Mário Machado.
O conselho procurou o Ministério Público para mostrar que o novo imóvel está prejudicando o serviço. A secretaria foi intimada e participou de duas audiências.
“Vamos aguardar um parecer técnico do MP para fazer as mudanças necessárias para o uso dos conselheiros”, afirmou o diretor.
Conforme o Ministério Público, foi aberto um inquérito administrativo para avaliar a situação, e vistorias podem ser feitas no local. No entanto, em procedimentos
deste tipo, não há prazos estabelecidos. O MP enfatizou que a Secretaria de Assistência Social não depende de parecer para fazer as alterações necessárias.
Fonte:
G1 Site externo
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