segunda-feira, 27 de junho de 2016
Vagas de emprego destinadas a deficientes diminuem em Uberlândia
A crise financeira e política também tem contribuído para a redução da oferta de vagas de emprego para as pessoas com deficiência em
Uberlândia.
No Sistema Nacional de Empregos (Sine), a queda na oferta de vagas de janeiro a maio deste ano foi de 62% para as pessoas com deficiência comparando com
o mesmo período de 2015. Muitas empresas não cumprem a lei de cota para os decifientes.
Na Associação dos Paraplégicos de Uberlândia (Aparu), a psicóloga que coordena o banco de empregos, Ivone Voiski, informou que de janeiro a maio deste
ano foram oferecidas 421 vagas de emprego na Aparu e no mesmo período de 2015 foram 655 vagas, o que significa uma queda de 35,7 %. Neste ano também diminuiu
o número de pessoas que procuraram a Aparu e foram admitidas nas empresas. De janeiro a maio de 2016 foram empregadas 26 pessoas e no mesmo período de
2015 foram admitidas 45. Ainda segundo Ivone, há pelo menos 60 pessoas em uma lista de espera e a maioria possui curso técnico e superior.
Segundo a presidente do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (Compod), Marinéia Crosara, a lei estabelece que todas as empresas privadas com mais
de 100 funcionários devem ter no seu quadro entre 2 e 5% dos trabalhadores com algum tipo de deficiência. A psicóloga afirmou que falta fiscalização. Marinéia
também afirma que o Compod vai convocar, a princípio, todas as empresas com mais de 500 funcionários para um conversa, para entendimento do quadro. “A
gente pretende auxiliar todas as ações do Ministério Público do Trabalho, incondicionalmente”, diz a presidente do conselho.
De acordo com a assistente social da Associação dos Surdos e Mudos de Uberlândia (Asul), Maria Aparecida de Padua, poucas empresas estão abrindo vagas
ultimamente. "Realmente existe uma dificuldade junto às empresas e quando elas oferecem vagas demoram muito para fazer a seleção. Podemos contar nos dedos
as empresas que contratam imediatamente. Geralmente demora de quatro a cinco meses. A pessoa com deficiência, às vezes, está desempregada e precisa ajudar
no sustento da família, precisam de um trabalho rápido", conta ela.
O técnico ambiental Diógenes Ribeiro Borges, de 25 anos, teve paralisia cerebral que afetou a coordenação do lado direito do corpo e procura emprego desde
outubro do ano passado. Enquanto Diógenes não consegue uma oportunidade ele realiza estágio na Aparu. "Existe uma dificuldade muito grande para encontrar
emprego, principalmente com a crise na economia. Nunca fiquei tanto tempo a procura de uma vaga.”, conta o técnico ambiental.
fonte:g1
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