quarta-feira, 15 de junho de 2016
Surdos e pessoas com deficiência auditiva conhecem aplicativo da CIL em festa junina bilíngue
Surdos e pessoas com deficiência auditiva conhecem aplicativo da CIL em festa junina bilíngue
Barraquinha da CIL apresentou versão teste da ferramenta de mediação de comunicação virtual.
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No dia sábado (13), o rigoroso frio não impediu as pessoas de irem celebrar na festa junina da Escola Municipal de Educação Bilíngue para Surdos – EMEBS
Helen Keller localizada no bairro da Aclimação, próxima ao metrô Ana Rosa. O evento estava cheio, e a inclusão foi o ponto forte. Ouvintes, surdos e pessoas
com deficiência auditiva se comunicavam muito bem diante do uso do português e da Libras - Língua Brasileira de Sinais de sinais, com ajuda de intérpretes
que estavam no local.
Entre os frequentadores estava Luis Fernando, 30 anos, atendente de operadora de telefonia, que, em conversa mediada por um intérprete, contou sobre o
que estava achando da festa junina. “Às vezes as pessoas ficam olhando de fora e falam: ‘Nossa, que festa junina diferente’. Quando entram e veem como
é importante o bilinguismo”.
A festa estava muito animada, comidas típicas, música, brincadeiras e uma “barraquinha” que apresentava a CIL - Central de Interpretação de Libras, da
Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida. A novidade do dia era a apresentação teste do serviço virtual que realiza a mediação
na comunicação entre pessoas com deficiência auditiva, surdos e surdocegos no atendimento em qualquer serviço público instalado na cidade de São Paulo.
Agora também disponível em aplicativo, por meio do acesso à internet por algum dispositivo móvel, qualquer pessoa poderá fazer uso de mediação da CIL para
reportar uma emergência médica, falar com um serviço público, ou mesmo para se comunicar com outra pessoa usuária de Libras de forma direta.
A tenda de atendimento e cadastro para usar o aplicativo “SMPED – CIL” estava sempre cheia, a quantidade de pessoas que chegavam e saiam era sem fim. O
público era variado, de jovens a idosos com interesse em se cadastrar, e receber ajuda dos intérpretes auxiliares para aprenderem como o software funciona.
“É muito difícil se comunicar com um médico, ficar pedindo para a mãe ou algum parente não é legal. É muito ruim depender de alguém, então acredito que
com o aplicativo eu possa começar a ser independente e usar o intérprete”, declarou ainda Luis Fernando.
O entusiasmo com a tecnologia foi grande por parte de todos, até ouvintes que acompanhavam seus familiares surdos ficaram curiosos em conhecer. A quantidade
de pessoas era tão grande que só o computador não dava conta de todos os cadastros, por isso alguns preencheram a ficha a mão, ansiosos para usar o novo
serviço.
Um dos novos usuários era o instrutor de Libras André Luiz Vasco, de 28 anos, que pensou em formas de tornar o acesso ao serviço ainda melhor. “Poderia
ser disponibilizado mais redes gratuitas de Wi-Fi em lugares públicos para podermos ter uma conexão melhor e usar a internet para acessar o SMPED – CIL.
Porque, às vezes, até o nosso 3G é fraco”.
Já a intérprete da CIL, Fernanda Bottosi, 25 anos, finalizou empolgada: “O quiosque ficou o tempo todo cheio com pessoas interessadas, havia todo tipo
de público e auxiliamos da melhor maneira possível”.
Entenda mais sobre o
funcionamento da CIL
ou assita a
versão em Libras.
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