quarta-feira, 22 de junho de 2016

Braille, guizos e beleza exuberante: medalhas da Paralimpíada inovam

Láurea dos Jogos Paralímpicos emitem sons diferentes para ouro, prata e bronze pela primeira vez na história, facilitando identificação para os deficientes visuais Láurea dos Jogos Paralímpicos emitem sons diferentes para ouro, prata e bronze pela primeira vez na história, facilitando identificação para os deficientes visuais Terezinha Guilhermina tem seis medalhas paralímpicas em sua casa. Três de ouro, uma de prata e duas de bronze. Em Pequim 2008, a velocista das classes T1 e T2, para deficientes visuais, trouxe uma de cada cor para o Brasil. Se repetir esse feito na Cidade Maravilhosa, a mineira de Betim não precisará mais de nenhuma ajuda para diferenciar suas láureas. O Comitê Rio 2016 inovou e no lançamento das medalhas da Paralimpíada apresentou as primeiras da história a emitem sons que possibilitam identificar se são de ouro, prata ou bronze. A novidade só foi possível graças a uma caixa metálica de ressonância que foi instalada entre os dois discos que formam a medalha. Dentro dela estão guizos, bolinhas de aço que produzem efeitos sonoros para permitir a acessibilidade de pessoas com deficiência visual. – As medalhas paralímpicas, desde sua essência, era importante trazer essa inovação no campo sensorial. Ela traz um elemento super novo, que são as esferas que ao serem sacudidas as medalhas trazem sons e que produzem sons diferentes entre elas para o ouro, a prata e o bronze. Para o deficiente visual, será essencial – disse Dalcacio da Gama Reis, gerente de design dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. A medalha de ouro emite um som mais forte, poderoso, com 28 esferas. A de prata tem um ruído um pouco menor com 20 e a de bronze é ainda mais fraca com 16. Assim, é possível diferenciar qual medalha o atleta tem em mãos. Para o presidente do Comitê Paralímpico do Brasil (CPB), Andrew Parsons, a presença dos guizos roubou a cena no lançamento das medalhas olímpicas e paralímpicas da Rio 2016. – Acredito que é a grande inovação. Desde o começo da criação da Rio 2016 queríamos fazer muito mais sensorial. Você tem a pessoa que é deficiente, que está na cadeira de rodas, mas você tem uma parcela grande de deficientes visuais. Surgiu essa ideia e o desafio de fazer sons. Então, o atleta consegue diferenciar as medalhas. Por exemplo, a Terezinha (Guilhermina, atleta brasileira), se ela ganhar entre prata e ouro, ela sabe a diferença. E tinha que ser leve e com um design atraente. Conseguimos fazer isso e colocar os seixos que representam a espiral ascendente – disse Andrew Parsons. Os sons, contudo, não foram as únicas diferenças das medalhas paralímpicas. Assim como as olímpicas, elas pesam 500g e tem 85mm de diâmetro, mas, ao contrário da Olimpíada, não há a obrigação do uso no anverso da imagem da deusa Nike, que representa a vitória. Assim, trazem no anverso a inscrição Rio 2016 Paralympic Games em braille, a escrita para deficientes visuais, e no reverso a marca dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Confecção da medalha paralímpica Confecção da medalha paralímpica A medalha de ouro tem 494g de prata (metal) com 92,5% de pureza e 6g de ouro, com 99,9% de pureza. A produção desse ouro teve preocupação socioambiental e está isento de mercúrio. A de prata tem 500g de prata. A de bronze, com 40% de cobre reutilizado de restos da própria Casa da Moeda, tem 475g de cobre (97%) e 25g de zinco (3%). As fitas da medalhas são feitas com quase 50% de fios de garrafas PET recicladas. – Foi um desafio enorme. Era tudo muito inovador. Mas, a Casa da Moeda, em termos de inovação em segurança, está muito acostumada a trabalhar assim. Aliamos essa experiência nossa em sempre estar à frente com os desejos do Rio 2016. A medalha paralímpica tem os guizos, que é uma novidade impressionante, e além disso tivemos preocupações em termos sempre insumos sustentáveis. O ouro sem mercúrio, as fitas com PET. Fomos buscar materiais, pessoas que fazem isso no mundo. Tudo isso foi importante para nós – esclarece Lara Caracciolo Amorelli, presidente interina da Casa da Moeda. Pódio com vegetação e mascote estilizado Pela primeira vez na história dos Jogos a natureza aparece no pódio olímpico e paralímpico. À frente do pódio, feito em madeira de reflorestamento, estão plantas de verdade reverenciando os atletas. Por isso, o Comitê Rio 2016 escolheu não entregar o tradicional ramo de flores aos medalhistas. Na Paralimpíada, eles receberão uma edição única do mascote Tom com a sua vasta cabeleira na cor da medalha conquistada. – Queríamos que os atletas tivessem uma lembrança bem particular, única da Paralimpíada do Rio de JanLáurea dos Jogos Paralímpicos emitem sons diferentes para ouro, prata e bronze pela primeira vez na história, facilitando identificação para os deficientes visuais Láurea dos Jogos Paralímpicos emitem sons diferentes para ouro, prata e bronze pela primeira vez na história, facilitando identificação para os deficientes visuais Terezinha Guilhermina tem seis medalhas paralímpicas em sua casa. Três de ouro, uma de prata e duas de bronze. Em Pequim 2008, a velocista das classes T1 e T2, para deficientes visuais, trouxe uma de cada cor para o Brasil. Se repetir esse feito na Cidade Maravilhosa, a mineira de Betim não precisará mais de nenhuma ajuda para diferenciar suas láureas. O Comitê Rio 2016 inovou e no lançamento das medalhas da Paralimpíada apresentou as primeiras da história a emitem sons que possibilitam identificar se são de ouro, prata ou bronze. A novidade só foi possível graças a uma caixa metálica de ressonância que foi instalada entre os dois discos que formam a medalha. Dentro dela estão guizos, bolinhas de aço que produzem efeitos sonoros para permitir a acessibilidade de pessoas com deficiência visual. – As medalhas paralímpicas, desde sua essência, era importante trazer essa inovação no campo sensorial. Ela traz um elemento super novo, que são as esferas que ao serem sacudidas as medalhas trazem sons e que produzem sons diferentes entre elas para o ouro, a prata e o bronze. Para o deficiente visual, será essencial – disse Dalcacio da Gama Reis, gerente de design dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. A medalha de ouro emite um som mais forte, poderoso, com 28 esferas. A de prata tem um ruído um pouco menor com 20 e a de bronze é ainda mais fraca com 16. Assim, é possível diferenciar qual medalha o atleta tem em mãos. Para o presidente do Comitê Paralímpico do Brasil (CPB), Andrew Parsons, a presença dos guizos roubou a cena no lançamento das medalhas olímpicas e paralímpicas da Rio 2016. – Acredito que é a grande inovação. Desde o começo da criação da Rio 2016 queríamos fazer muito mais sensorial. Você tem a pessoa que é deficiente, que está na cadeira de rodas, mas você tem uma parcela grande de deficientes visuais. Surgiu essa ideia e o desafio de fazer sons. Então, o atleta consegue diferenciar as medalhas. Por exemplo, a Terezinha (Guilhermina, atleta brasileira), se ela ganhar entre prata e ouro, ela sabe a diferença. E tinha que ser leve e com um design atraente. Conseguimos fazer isso e colocar os seixos que representam a espiral ascendente – disse Andrew Parsons. Os sons, contudo, não foram as únicas diferenças das medalhas paralímpicas. Assim como as olímpicas, elas pesam 500g e tem 85mm de diâmetro, mas, ao contrário da Olimpíada, não há a obrigação do uso no anverso da imagem da deusa Nike, que representa a vitória. Assim, trazem no anverso a inscrição Rio 2016 Paralympic Games em braille, a escrita para deficientes visuais, e no reverso a marca dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Confecção da medalha paralímpica Confecção da medalha paralímpica A medalha de ouro tem 494g de prata (metal) com 92,5% de pureza e 6g de ouro, com 99,9% de pureza. A produção desse ouro teve preocupação socioambiental e está isento de mercúrio. A de prata tem 500g de prata. A de bronze, com 40% de cobre reutilizado de restos da própria Casa da Moeda, tem 475g de cobre (97%) e 25g de zinco (3%). As fitas da medalhas são feitas com quase 50% de fios de garrafas PET recicladas. – Foi um desafio enorme. Era tudo muito inovador. Mas, a Casa da Moeda, em termos de inovação em segurança, está muito acostumada a trabalhar assim. Aliamos essa experiência nossa em sempre estar à frente com os desejos do Rio 2016. A medalha paralímpica tem os guizos, que é uma novidade impressionante, e além disso tivemos preocupações em termos sempre insumos sustentáveis. O ouro sem mercúrio, as fitas com PET. Fomos buscar materiais, pessoas que fazem isso no mundo. Tudo isso foi importante para nós – esclarece Lara Caracciolo Amorelli, presidente interina da Casa da Moeda. Pódio com vegetação e mascote estilizado Pela primeira vez na história dos Jogos a natureza aparece no pódio olímpico e paralímpico. À frente do pódio, feito em madeira de reflorestamento, estão plantas de verdade reverenciando os atletas. Por isso, o Comitê Rio 2016 escolheu não entregar o tradicional ramo de flores aos medalhistas. Na Paralimpíada, eles receberão uma edição única do mascote Tom com a sua vasta cabeleira na cor da medalha conquistada. – Queríamos que os atletas tivessem uma lembrança bem particular, única da Paralimpíada do Rio de Janeiro. Então, pensamos no simpático Tom com os cabelos alusivos às cores da medalha. Você tem um Tom com os cabelos de ouro, prata e bronze como uma exclusividade apenas para os medalhistas – brinca Beth Lula, gerente de projeto e desenvolvimento conceitual do sistema gráfico do Look of the Games dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Fonte: Globo Esporte eiro. Então, pensamos no simpático Tom com os cabelos alusivos às cores da medalha. Você tem um Tom com os cabelos de ouro, prata e bronze como uma exclusividade apenas para os medalhistas – brinca Beth Lula, gerente de projeto e desenvolvimento conceitual do sistema gráfico do Look of the Games dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Fonte: Globo Esporte

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