quarta-feira, 1 de junho de 2016
Luva para cegos que 'deteta' obstáculos na Mostra Nacional de Ciência
Uma luva para cegos que 'deteta' obstáculos, através de sensores
sonoros, ou um capacete de ciclista que os 'sinaliza', numa situação
de perigo, são dois dos projetos concebidos por jovens, patentes na
10.ª Mostra Nacional de Ciência.
A exposição, que reúne cem projetos de várias áreas científicas,
realizados maioritariamente por estudantes do ensino secundário,
decorre, de segunda a quarta-feira, no Museu Nacional de História
Natural e da Ciência, em Lisboa, sob organização da Fundação da
Juventude.
Alunos da Escola Secundária de Oliveira do Bairro, no distrito de
Aveiro, desenvolveram um protótipo de uma luva para cegos, a partir de
uma luva de karaté, para melhorar a sua qualidade de vida, autonomia e
independência.
Na prática, a luva tem incorporado dois sensores de ultrassons para
detetar obstáculos e desníveis. Sempre que são detetados, geram-se
sons audíveis, para cada um dos sensores, e, simultaneamente, são
produzidas vibrações na mão.
O sinal sonoro é produzido de acordo com a proximidade, ou não, do
obstáculo ou desnível. A luva pode 'detetar' obstáculos a uma
distância máxima de quatro metros e desníveis até um metro.
Estudantes da Escola Profissional de Espinho conceberam um capacete
'inteligente' para ciclistas, um capacete de ciclista convencional,
mas com um dispositivo, com sensores, que, ao permitirem acompanhar a
posição e o andamento do ciclista, conseguem detetá-lo, em caso de
paragem repentina ou queda.
O dispositivo estará ligado ao telemóvel do ciclista, que, nestas
situações, enviará uma mensagem para um número pré-definido, alertando
para a possibilidade de um acidente. O dispositivo poderá facultar
ainda informação sobre a localização da pessoa.
O capacete tem, ainda, duas luzes que indicam a intenção de o ciclista
mudar de direção, bastando-lhe para tal inclinar a cabeça no sentido
pretendido.
O uso da casca de banana para diminuir a concentração de corantes e
metais pesados, nos esgotos industriais, ou o crescimento de feijões
em águas com diferentes origens são outras experiências que constam na
mostra.
No certame vão estar também patentes, a convite da Fundação da
Juventude, projetos de estudantes de Moçambique, Brasil e Espanha.
Biologia, ciências do ambiente, engenharias e química são as áreas
científicas que concentram maior número de projetos, com os distritos
de Castelo Branco, Aveiro e Leiria a lideraram a lista de
participações nacionais.
No último dia da mostra, serão anunciados os premiados do 24.º
Concurso para Jovens Cientistas e Investigadores.
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fonte:
MUNDO ACESSIVEL
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