sábado, 11 de abril de 2015

O alto custo dos dispositivos de tecnologia assistiva no mercado brasileiro é uma barreira significativa para milhões de pessoas de baixa renda com deficiência

Tecnologia Assistiva é um termo relativamente novo, utilizado para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover vida Independente e inclusão social. No Brasil, o Comitê de Ajudas Técnicas - CAT, instituído pela Portaria número 142, de 16 de novembro de 2006, propõe como conceito que a tecnologia assistiva “é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social" (ATA VII - Comitê de Ajudas Técnicas (CAT) - Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE) - Secretaria Especial dos Direitos Humanos - Presidência da República). Os chamados “recursos” podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente. Neste âmbito, uma empresa brasileira é responsável pela criação de um identificador de cor e dinheiro para deficientes visuais. O identificador, chamado de Auire Prisma, emite uma luz que capta seu reflexo. O resultado detectado pelo leitor é então transmitido ao usuário por áudio, que pode ser alto falante ou fones de ouvido. Quando usado em objetos, o aparelho descreve a cor, e quando usado em dinheiro, o banco de dados associa a cor à nota, e informa o valor ao usuário. A Auire foi fundada por dois engenheiros de computação Nathalia Patrício e Fernando Gil.  Com ela, eles ficaram entre os 10 primeiros de 100 colocados na apresentação de planos de negócios da edição 2010 da Campus Party (considerado o maior acontecimento tecnológico do mundo nas áreas de inovação, ciência, cultura e entretenimento digital).  Infelizmente, conforme e-mail enviado à redação do Saúde Visual assinado pelo próprio Fernando Gil, a produção do Auire Prisma foi interrompida em decorrência do encerramento da empresa. Gil informa, porém, que atualmente segue trabalhando em parceria com outras empresas para o lançamento de novos produtos de tecnologia assistiva ainda este ano. Vamos torcer e aguardar. (Fonte: Assistiva

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