quinta-feira, 30 de abril de 2015
Diagnóstico precoce e preciso pode erradicar a cegueira
“Hoje, só fica cego quem perder o timing do tratamento”. A declaração é do médico oftalmologista Paulo Augusto de Arruda Mello Filho, participante do 40º
Congresso da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo – Retina 2015 -, evento internacional encerrado nesta segunda-feira, 20 de abril, em Florianópolis.
Entre as muitas causas para a perda total de visão, o diabetes é fator de extrema relevância, e que, segundo o especialista, “virou epidemia, em função
da má alimentação e do sedentarismo”, características do estilo de vida atual.
Mas existem outras causas que prejudicam a saúde dos olhos, como degeneração macular relacionada à idade, obstruções dos vasos da retina e glaucoma. Todas
doenças que, se identificadas a tempo, podem ser controladas com o tratamento. Especialmente ao se levar em conta as avançadas pesquisas científicas e
as surpreendentes inovações tecnológicas para o setor, que estão permitindo resultados mais favoráveis e menor risco de progressão para a cegueira.
Entre as mais importantes alternativas, um tratamento revolucionário com medicamento aplicado dentro do olho. “É um procedimento rápido, seguro, indolor,
feito com injeção”, explica Paulo Mello, referindo-se ao Ozurdex ®, um implante intravítreo de dexametasona, indicado para tratamento do edema da mácula
após oclusão do ramo de veia retiniana ou de oclusão de veia retiniana central. É indicado para tratar de processos inflamatórios do fundo do olho.
Outra iniciativa fundamental é o Jetrea ®, um medicamento recém aprovado no Brasil, lançado agora durante o Retina 2015 e que permite tratamento até então
somente possível com procedimento cirúrgico. “É uma nova e espetacular ferramenta para terapias da perda de visão grave, em pacientes com tração vitreomacular
e com buraco de mácula inicial”, celebra o médico André Vieira Gomes, palestrante no evento e presidente da Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo (SBRV).
Trata-se de uma enzima que, ao ser injetada, age diretamente na gelatina do olho – o vítreo –, ajudando a fechar o buraco macular, e reduzindo os sintomas
causados pela tração vitreomacular.
Retinografia
Se os medicamentos superam expectativas com seus resultados, as máquinas atualmente disponíveis também se tornam essenciais. “Temos ao nosso dispor equipamentos
que permitem a fotografia da retina num ângulo muito grande, e também capazes de realizar tomografia com alta resolução”, comemora André Gomes. O oftalmologista
cita os aparelhos de retinografia e de angiografia como essenciais para os diagnósticos cada vez mais precisos, com uma elevada definição de imagens digitais
– o que facilita amplamente os procedimentos médicos necessários.
“Já podemos contar com uma série de computadores de alta performance e com instrumentos que nos permitem atuar de forma mais impactante. São uma nova geração
de equipamentos, inclusive microscópios, utilizados para a melhora dos resultados cirúrgicos”, enfatiza André Gomes que também é professor na USP (Universidade
de São Paulo).
Ele exalta a importância da reunião científica para disseminar conhecimento, com debates dinâmicos e acompanhados por apresentações imponentes – como aconteceu
agora, durante o Retina 2015. “Conseguimos realizar um evento com extrema organização, sofisticado, e de grande importância”, finaliza o oftalmologista,
revelando a enorme satisfação de ver a Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo como a terceira melhor organização do setor no mundo – ficando atrás apenas
para a americana ASRS (American Society of Retina Specialists) e a europeia Euretina (European Society of Retina Specialists).
fonte:
http://paranashop.com.br/
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