segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Ferramentas digitais viram aliadas de pessoas com deficiência visual e baixa visão

Tecnologias tanto no smartphone quanto no computador estimulam o acesso de quem precisa para melhorar a comunicação e ter qualidade de vida
Leia abaixo a matéria de Karol Rocha para o portal ACrítica:

A tecnologia tornou-se grande aliada na inclusão das pessoas com deficiência visual com a criação de ferramentas existentes nos smartphones como a audiodescrição,

por exemplo. Como forma de estimular o acesso de quem precisa aprender o recurso digital para melhorar a comunicação e consequentemente ter qualidade de

vida, a Biblioteca Braille do Amazonas desenvolveu dois cursos de férias voltados à tecnologia assistiva.

Um é o curso de “Sistema Operacional para Android e iOS” e outro trata-se da “Informática Básica e Avançada”; ambos são exclusivos para a pessoa com deficiência

visual e com baixa visão. O objetivo é mostrar aos alunos que é possível utilizar ferramentas digitais – tanto o smartphone quanto o computador.

“A metodologia consiste na utilização dos leitores de tela para celular Android com o Talkback e o Iphone com o VoiceOver. Com isso, a didática é a orientação

de como utilizar essas ferramentas”, explicou o professor de Tecnologia Assistiva há 22 anos, Ricardo Souza. Ele fez uma comparação de anos anteriores

com os recursos atuais existentes, e acrescenta que a tecnologia tem um papel importante na inclusão.

“Se formos parar e analisar, era utilizado muito o sistema braille e o volume de livros para ler era impressionante. Com o uso das tecnologias, a gente

busca viabilizar e encurtar mais o processo de agilidade na leitura e até no carregamento de peso, conseguimos carregar apenas o celular e não vários livros”

disse ainda.

Outro curso disponível é a “Informática Básica e Avançada” que utiliza os sistemas DOS VOX e NVDA, ambos leitores de tela que facilitam o acesso de pessoas

com deficiência visual a microcomputadores. “Com o uso das tecnologias, eu pude perceber que a vida tem mais qualidade, desempenho e conseguimos acompanhar

o ritmo das pessoas que tem visão”, acrescentou o professor.

Tecnologia assistiva

A formanda de psicologia, Ingrid Mendonça, de 24 anos, tem baixa visão. Ela nasceu com catarata congênita e fez algumas cirurgias ainda quando bebê. Após

a perda da visão por conta do glaucoma, passou a fazer o controle da doença e conseguiu recuperar 30% da vista esquerda. Atualmente, ela é presidente da

Associação dos Deficientes Visuais do Amazonas (Advam) e iniciou o curso de Sistema Operacional para Android e iOS.

“A tecnologia, hoje, está em todo o lugar e não é diferente para a pessoa com deficiência. Acredito que as pessoas que tem esse tipo de deficiência e não

tem acesso a tecnologia assistiva acaba ficando de fora do convívio social como navegar nas redes sociais, utilizar um computador, fazer um trabalho operacional

mesmo. Esse curso é fundamental para a inclusão social acontecer”, disse ela.

Desejo de conhecer

Arison Leite de 29 anos tem baixa visão. Ele já se adaptou com o sistema DOS Vox e agora deseja conhecer mais os recursos do smartphone.

“Geralmente, a gente usa muito programa de voz para acessar qualquer ferramenta. A tecnologia serve para todos e hoje em dia, é muito necessário independente

da deficiência”, contou ele.

Fonte:
ACrítica Site externo

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