segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Curso de informática é o mais procurado por deficientes visuais

Curso de tecelagem e confecção de bolsas também tem grande procura. Parceria com a Volvo forma profissionais em montagem de veículos pesados

Informática tem sido a ocupação de maior interesse dos deficientes visuais, que percebem no curso oferecido pelo SENAI uma grande oportunidade de inserção

no mercado de trabalho. “O SENAI oferece um dos melhores cursos de informática para pessoas com deficiência, premiado em 2006 na categoria Referência Nacional

do Prêmio E-Learning Brasil. Todos os nossos profissionais desta área são capacitados com cursos em braile e em língua brasileira de sinais (libras)”,

conta Adriana Barofaldi, gestora nacional do Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI).

Nos cursos de informática para cegos, os deficientes visuais recebem qualificação em dois tipos de softwares – Virtual Vision e NVDA (Acesso não-visual

ao ambiente de trabalho) .“O curso capacita deficientes para ingressar no mercado de trabalho. Além disso, eles aprendem a acessar e-mails, digitar textos,

ler jornal, fazer planilhas no excel e várias outras ferramentas acessíveis no Windows, tudo isso por meio de um software que lê o que está em uso no computador.

No módulo avançado, a qualificação é voltada para a rotina administrativa e atendimento”, explica Jeferson Lisboa Teves, 33 anos, deficiente visual e instrutor

de informática do SENAI da Bahia.

Teves perdeu a visão total aos 19 anos, se especializou na área de informática, e hoje é estudante do curso de direito. Segundo ele, o papel do SENAI é

fundamental, pois capacita e procura conscientizar as empresas sobre o potencial dos PcDs no ambiente de trabalho. Neste semestre, o instrutor dará aulas

para duas turmas de informática para cegos – Em Salvador, com 40 alunos, e em Camaçari, interior da Bahia, com 20 alunos.

Outro exemplo de qualificação de sucesso é curso de tecelagem e confecção de bolsas, oferecido no Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (SENAI/CETIQT)

no Rio de Janeiro. “Temos em uma turma de 15 alunos quatro pessoas com deficiências – Síndrome de Down, deficiência visual, deficiência intelectual e física.

Eles aprendem juntos e, muitas vezes, os PcDs têm muito a ensinar aos alunos sem deficiência”, informa Ana Matoso, gestora do PSAI no SENAI/CETIQT.

A aluna Patrícia Anacleto Moura, que faz parte dessa turma, tem deficiência visual parcial e consegue, graças a adaptação nas máquinas de costura industriais,

criar o tecido na tecelagem e costurá-lo para a confecção de bolsas e acessórios. “Os equipamentos foram todos adaptados de acordo com a necessidade de

cada um”, ressalta Ana.

As empresas reconhecem a qualificação e já recorrem ao SENAI para a oferta de cursos para pessoas com deficiência. A Volvo, por exemplo, mantém parceria

com o SENAI desde 2006 para a qualificação de deficientes auditivos e físicos no curso de Montagem de Veículos Pesados. O curso oferecido na empresa tem

duração de 1 ano e meio, com aulas teóricas no SENAI e a parte prática na Volvo. “Acreditamos que esta forma de qualificação é favorável tanto para a empresa

quanto para o aluno. Durante esse tempo, os valores da instituição são incorporados pelo estudante e a Volvo identifica os perfis de cada profissional

e suas limitações. Assim o sucesso do curso é maior e todos ganham.”, informa o especialista em educação corporativa da Volvo, Rubens Cieslak.

No momento, a Volvo está qualificando em parceria com o SENAI duas turmas com 15 alunos cada. ”A média de absorção dessa mão de obra é de 70%”, afirma

Cieslak. A empresa tem hoje, em sua sede no Paraná, 3.800 funcionários, sendo 180 pessoas com deficiência auditiva e física.

Inova SENAI - Os docentes e alunos do SENAI também desenvolvem projetos para as pessoas com deficiências. A adaptação de uma máquina de costura para deficientes

físicos está sendo desenvolvida no SENAI/CETIQT. O projeto visa a construção de um dispositivo mecânico e acessório de proteção física para permitir que

uma pessoa com deficiência nos membros inferiores (cadeirante), possa trabalhar em uma máquina de costura industrial do tipo eletrônica. Esta adaptação

facilitará a inserção de pessoas com deficiência em empresas da área têxtil. Esse e outros projetos inovadores serão expostos na feira Inova SENAI, na

Olimpíada do Conhecimento que será realizada em novembro, em São Paulo.

Editorias:
• Educação
• Trabalho
fonte Agência CNI de Notícias
Curso de tecelagem e confecção de bolsas também tem grande procura. Parceria com a Volvo forma profissionais em montagem de veículos pesados

Informática tem sido a ocupação de maior interesse dos deficientes visuais, que percebem no curso oferecido pelo SENAI uma grande oportunidade de inserção

no mercado de trabalho. “O SENAI oferece um dos melhores cursos de informática para pessoas com deficiência, premiado em 2006 na categoria Referência Nacional

do Prêmio E-Learning Brasil. Todos os nossos profissionais desta área são capacitados com cursos em braile e em língua brasileira de sinais (libras)”,

conta Adriana Barofaldi, gestora nacional do Programa SENAI de Ações Inclusivas (PSAI).

Nos cursos de informática para cegos, os deficientes visuais recebem qualificação em dois tipos de softwares – Virtual Vision e NVDA (Acesso não-visual

ao ambiente de trabalho) .“O curso capacita deficientes para ingressar no mercado de trabalho. Além disso, eles aprendem a acessar e-mails, digitar textos,

ler jornal, fazer planilhas no excel e várias outras ferramentas acessíveis no Windows, tudo isso por meio de um software que lê o que está em uso no computador.

No módulo avançado, a qualificação é voltada para a rotina administrativa e atendimento”, explica Jeferson Lisboa Teves, 33 anos, deficiente visual e instrutor

de informática do SENAI da Bahia.

Teves perdeu a visão total aos 19 anos, se especializou na área de informática, e hoje é estudante do curso de direito. Segundo ele, o papel do SENAI é

fundamental, pois capacita e procura conscientizar as empresas sobre o potencial dos PcDs no ambiente de trabalho. Neste semestre, o instrutor dará aulas

para duas turmas de informática para cegos – Em Salvador, com 40 alunos, e em Camaçari, interior da Bahia, com 20 alunos.

Outro exemplo de qualificação de sucesso é curso de tecelagem e confecção de bolsas, oferecido no Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil (SENAI/CETIQT)

no Rio de Janeiro. “Temos em uma turma de 15 alunos quatro pessoas com deficiências – Síndrome de Down, deficiência visual, deficiência intelectual e física.

Eles aprendem juntos e, muitas vezes, os PcDs têm muito a ensinar aos alunos sem deficiência”, informa Ana Matoso, gestora do PSAI no SENAI/CETIQT.

A aluna Patrícia Anacleto Moura, que faz parte dessa turma, tem deficiência visual parcial e consegue, graças a adaptação nas máquinas de costura industriais,

criar o tecido na tecelagem e costurá-lo para a confecção de bolsas e acessórios. “Os equipamentos foram todos adaptados de acordo com a necessidade de

cada um”, ressalta Ana.

As empresas reconhecem a qualificação e já recorrem ao SENAI para a oferta de cursos para pessoas com deficiência. A Volvo, por exemplo, mantém parceria

com o SENAI desde 2006 para a qualificação de deficientes auditivos e físicos no curso de Montagem de Veículos Pesados. O curso oferecido na empresa tem

duração de 1 ano e meio, com aulas teóricas no SENAI e a parte prática na Volvo. “Acreditamos que esta forma de qualificação é favorável tanto para a empresa

quanto para o aluno. Durante esse tempo, os valores da instituição são incorporados pelo estudante e a Volvo identifica os perfis de cada profissional

e suas limitações. Assim o sucesso do curso é maior e todos ganham.”, informa o especialista em educação corporativa da Volvo, Rubens Cieslak.

No momento, a Volvo está qualificando em parceria com o SENAI duas turmas com 15 alunos cada. ”A média de absorção dessa mão de obra é de 70%”, afirma

Cieslak. A empresa tem hoje, em sua sede no Paraná, 3.800 funcionários, sendo 180 pessoas com deficiência auditiva e física.

Inova SENAI - Os docentes e alunos do SENAI também desenvolvem projetos para as pessoas com deficiências. A adaptação de uma máquina de costura para deficientes

físicos está sendo desenvolvida no SENAI/CETIQT. O projeto visa a construção de um dispositivo mecânico e acessório de proteção física para permitir que

uma pessoa com deficiência nos membros inferiores (cadeirante), possa trabalhar em uma máquina de costura industrial do tipo eletrônica. Esta adaptação

facilitará a inserção de pessoas com deficiência em empresas da área têxtil. Esse e outros projetos inovadores serão expostos na feira Inova SENAI, na

Olimpíada do Conhecimento que será realizada em novembro, em São Paulo.

Editorias:
• Educação
• Trabalho
fonte Agência CNI de Notícias

Nenhum comentário:

Postar um comentário