sábado, 19 de agosto de 2017

Pessoas com deficiência denunciam falta de remédios no MA

Medicamentos de uso contínuo deveriam estar sendo fornecidos gratuitamente pela Secretaria Municipal de Saúde de Imperatriz.
Por Tátyna Viana, Bom Dia Mirante, TV Mirante, G1 MA
Pessoas com deficiência voltam a denunciar a falta de medicamentos de uso contínuo que deveriam estar sendo fornecidos gratuitamente pela Secretaria Municipal

de Saúde de Imperatriz, a 626 km de São Luís. Elas já fizeram a denúncia ao Ministério Público e planejam realizar um ato público para mobilizar a sociedade.


A dificuldade em conseguir os medicamentos que devem ser fornecidos pelo Município já levou os cadeirantes a ficarem acorrentados em frente ao fórum para

chamar a atenção do Ministério Público e da Justiça, na obrigação de fazer a Prefeitura cumprir a decisão da causa ganha ainda em 2006. O problema se repete

com frequência.

Os representantes do movimento da pessoa com deficiência estiveram reunidos com o prefeito e o Ministério Público no último dia 26 de julho e ficou acordado

que eles receberiam os medicamentos dois dias depois. Os remédios só chegaram às mãos deles no dia cinco de agosto e bem menos da metade do que eles precisam

diariamente.

Além dos remédios, eles reclamam da qualidade de alguns produtos, como as sondas, que podem causar infecção urinária, e até das fraldas descartáveis.

Remédios chegaram bem menos da metade do que precisam as pessoas diariamente (Foto: Reprodução/TV Mirante)
Remédios chegaram bem menos da metade do que precisam as pessoas diariamente (Foto: Reprodução/TV Mirante)

Evandro Fernandes, membro do movimento, diz que um dos medicamentos de uso contínuo que a maioria dos deficientes precisa a Prefeitura ainda não repassou

para eles. Ele acrescenta que a caixa custa 210 reais e só dá para 15 dias. “Essa gestão infelizmente não tem repassado os medicamentos de uso contínuo

e já faz mais de sete meses. Então não há justificativa para dizer que está licitando, que está abrindo processo ou fechando processo”, reclamou.

Na noite de terça-feira (15) um grupo se reuniu na Universidade Federal do Maranhão (Ufma) para reforçar a cobrança e mobilizar a sociedade. Eles se articulam

para um grande ato público, dia 23, já que não sabem mais a quem recorrer. Alegam que muitas pessoas como acamados, idosos, pacientes do Caps, dependem

de medicamentos de uso contínuo que estão em falta.

Sobre o assunto, a Secretaria Municipal de Saúde disse que o atraso na entrega dos medicamentos e outros produtos ocorreu porque a empresa fornecedora

não tinha estoque suficiente no primeiro pedido. Mas agora a empresa garantiu que enviou na terça (15) uma remessa com fraldas, sondas e medicamentos.

Até a próxima quarta-feira (23) os produtos serão entregues às pessoas com deficiência.

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