Medicamentos de uso contínuo deveriam estar sendo fornecidos gratuitamente pela Secretaria Municipal de Saúde de Imperatriz.
Por Tátyna Viana, Bom Dia Mirante, TV Mirante, G1 MA
Pessoas com deficiência voltam a denunciar a falta de medicamentos de uso contínuo que deveriam estar sendo fornecidos gratuitamente pela Secretaria Municipal
de Saúde de Imperatriz, a 626 km de São Luís. Elas já fizeram a denúncia ao Ministério Público e planejam realizar um ato público para mobilizar a sociedade.
A dificuldade em conseguir os medicamentos que devem ser fornecidos pelo Município já levou os cadeirantes a ficarem acorrentados em frente ao fórum para
chamar a atenção do Ministério Público e da Justiça, na obrigação de fazer a Prefeitura cumprir a decisão da causa ganha ainda em 2006. O problema se repete
com frequência.
Os representantes do movimento da pessoa com deficiência estiveram reunidos com o prefeito e o Ministério Público no último dia 26 de julho e ficou acordado
que eles receberiam os medicamentos dois dias depois. Os remédios só chegaram às mãos deles no dia cinco de agosto e bem menos da metade do que eles precisam
diariamente.
Além dos remédios, eles reclamam da qualidade de alguns produtos, como as sondas, que podem causar infecção urinária, e até das fraldas descartáveis.
Remédios chegaram bem menos da metade do que precisam as pessoas diariamente (Foto: Reprodução/TV Mirante)
Remédios chegaram bem menos da metade do que precisam as pessoas diariamente (Foto: Reprodução/TV Mirante)
Evandro Fernandes, membro do movimento, diz que um dos medicamentos de uso contínuo que a maioria dos deficientes precisa a Prefeitura ainda não repassou
para eles. Ele acrescenta que a caixa custa 210 reais e só dá para 15 dias. “Essa gestão infelizmente não tem repassado os medicamentos de uso contínuo
e já faz mais de sete meses. Então não há justificativa para dizer que está licitando, que está abrindo processo ou fechando processo”, reclamou.
Na noite de terça-feira (15) um grupo se reuniu na Universidade Federal do Maranhão (Ufma) para reforçar a cobrança e mobilizar a sociedade. Eles se articulam
para um grande ato público, dia 23, já que não sabem mais a quem recorrer. Alegam que muitas pessoas como acamados, idosos, pacientes do Caps, dependem
de medicamentos de uso contínuo que estão em falta.
Sobre o assunto, a Secretaria Municipal de Saúde disse que o atraso na entrega dos medicamentos e outros produtos ocorreu porque a empresa fornecedora
não tinha estoque suficiente no primeiro pedido. Mas agora a empresa garantiu que enviou na terça (15) uma remessa com fraldas, sondas e medicamentos.
Até a próxima quarta-feira (23) os produtos serão entregues às pessoas com deficiência.
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