sábado, 3 de junho de 2017

Suzana Queiroga renova projeto de acessibilidade do Museu Nacional de Belas Artes

As obras do acervo do museu podem ser tateadas.

Completando dez anos de criação, o projeto “Ver e Sentir através do toque” do Museu Nacional de Belas Artes, voltado para a acessibilidade e a sustentabilidade,
inaugura
uma nova fase: o foco agora se volta para a arte contemporânea.

Nesta nova etapa a convidada é a artista visual Suzana Queiroga, integrante da famosa Geração 80 do Parque Lage, cuja exposição o MNBA abre no dia 16 de

maio, às 12h, em evento integrante da 15ª Semana dos Museus, promovida pelo IBRAM.

Um dos destaques da mostra é a obra “Topos”, um relevo em gesso doado em 2009 ao MNBA, produzida já com a intenção de participar de um projeto educativo,
no
qual a relação com a obra pudesse ser estimulada a partir da percepção tátil.

Além desta, serão exibidas outras três obras, sendo que uma delas será produzida na abertura da exposição, focando no desenvolvimento de uma rica experiência

sensorial com cegos e videntes.

O trabalho “Topos” será ambientado num novo contexto, onde a percepção visual pode ser minimizada e outros sentidos precisam ser ativados, o relevo, junto

a outras obras, ganha novas dimensões e um espaço ampliado. Em um ambiente com pouca iluminação e sem informação textual, pretende-se acionar outros sentidos,

que as cores ganhem som, cheiro, textura, sentimentos e sensações.

“É um caminho a ser percorrido com o corpo, onde o tempo é ativado e uma narrativa se inicia. Aqui, dar espaço aos outros sentidos é uma oportunidade singular

de reaprender o mundo”, explicam os curadoes Daniel Barretto, Simone Bibian e Rossano Antenuzzi, todos técnicos do Museu Nacional de Belas Artes/Ibram/MinC.


Paralelamente, haverá uma mesa-redonda com a artista e seus convidados, discutindo o tema da ciência e arte, incluindo a participação de uma neurocientista.


Iniciado em 2007, o projeto previu a possibilidade do toque em reproduções em baixo relevo e algumas maquetes, feitas a partir do acervo artístico do museu,

de obras especialmente selecionadas para este trabalho. O objetivo foi possibilitar a experimentação estética e o conhecimento sobre história da arte e

processos artísticos, tornando-os acessíveis às pessoas cegas e com baixa visão, de forma a democratizar o acesso à cultura.

Serviço: Projeto Ver e sentir – Suzana Queiroga

Abertura: 16 de maio, terça, às 12h, na sala Mario Barata.

Período: 16 de maio até 29 de outubro.

Visitação: Terça a sexta-feira das 10 às 18hs; Sábados, domingos e feriados das 13 às 18 horas.

Ingressos: R$ 8,00 e meia: R$ 4,00 ingresso família (para até 4 membros de uma mesma família) a R$ 8,00.

Fonte: Jornal do Brasil

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