sábado, 30 de abril de 2016
Luvas traduzem linguagem de sinais em tempo real
A inclusão social tem sido turbinada pela
tecnologia.
Este ano, por exemplo, o
Facebook
disponibilizou uma função que descreve fotos para cegos, e rolou um workshop para ajudar crianças a criar próteses usando impressoras 3D.
Agora, chegou a vez de pessoas com dificuldades auditivas ou de fala, que usam a linguagem de sinais para a comunicação.
Com as luvas SignAloud, os sinais são reconhecidos e traduzidos automaticamente em linguagem falada e escrita- e em tempo real, como qualquer outro tradutor
online.
O projeto SignAloud – que pode ser traduzido como “sinais em volume alto” – tem um funcionamento simples: as luvas têm sensores de movimento supersensíveis,
que captam os diferentes gestos realizados pela pessoa.
Os dados colhidos ali são enviados, via Bluetooth, para um computador, que analisa os sinais a partir de uma base de dados.
Quando a máquina encontra um sinal correspondente, ela o traduz em palavras, que aparecem na tela e são “faladas” pelo computador, em uma velocidade parecida
com a de uma conversa normal.
Além de úteis, as luvas são práticas, discretas, e confortáveis, e podem ser usadas no dia a dia sem parecerem uma roupa robótica esquisita.
As SignAloud foram criadas pelos estudantes Navid Azodi e Thomas Pryor, da Universidade de Washington, que usaram o tempo livre entre as aulas e os equipamentos
fornecidos pela própria faculdade para levar o projeto adiante.
O esforço foi recompensado: eles ficaram em primeiro lugar no prêmio Lemelson, do
MIT,
que premia as melhores invenções tecnológicas de jovens dos Estados Unidos. Azodi e Pryor receberam US$ 10 mil para aperfeiçoar o projeto – e mais 15 mil
cada.
O dinheiro, dizem os dois, será usado para adaptar as luvas para outras linguagens de sinais do mundo, já que o protótipo que rendeu o Lemelson aos estudantes
só funciona para a linguagem de sinais americana, a ASL, e cada país tem a sua linguagem correspondente – a do Brasil, por exemplo, se chama Libras (Língua
Brasileira de Sinais).
Os jovens também pretendem melhorar a base de dados, diminuindo erros de contexto – você sabe, como aqueles que acontecem quando o Google traduz uma frase
literalmente e o significado fica esquisito.
Outra ideia é que as SignAloud possam ser usadas em hospitais, para monitorar movimentos de pacientes que sofreram derrame ou algum acidente que prejudique
os movimentos.
Fonte: site da revista Exame.
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