sábado, 23 de abril de 2016
Cristalino artificial traz esperança de tratamento para pacientes
No disco de Petri as células se organizam de forma diferente do que ocorre no olho humano
O
olho
humano caracteriza-se pelo formato de um globo, localizando-se em uma cavidade óssea, na face e é o responsável por captar, através da córnea, a luz refletida
pelos elementos que estão à nossa volta. Esta luz chega à íris, que regula a quantidade de luz recebida por meio de uma abertura chamada pupila.
Para uma
boa visão,
portanto, a luz tem de atravessar uma córnea não distorcida, um cristalino normal e o corpo vítreo, antes de atingir uma retina saudável, que está ligada
ao cérebro pela via óptica.
Podemos afirmar que o cristalino é a lente dos olhos. É biconvexa, gelatinosa, possuindo grande elasticidade que diminui progressivamente com a
idade,
pois cada vez menos luz solar penetra o cristalino de modo a alcançar células fundamentais presentes na retina, contribuindo para uma série de problemas
de saúde.
Recentemente, porém, cientistas da Universidade Monash, na Austrália, afirmaram estar a um passo de criar em laboratório cristalinos artificiais. Os estudiosos
conseguiram isolar e purificar células do epitélio do cristalino, o tecido embrionário a partir do qual o cristalino se desenvolve. A pureza das células
abre caminho para sua futura aplicação na medicina regenerativa.
Segundo os pesquisadores, o próximo passo da pesquisa é conseguir passar dos discos de Petri (como são conhecidos os recipientes de laboratório utilizados
para pesquisas) para criar uma lente mais parecida com o cristalino humano já que no disco de Petri as células se organizam de forma diferente do que ocorre
no olho humano. O próximo desafio é imitar a natureza de forma mais perfeita.
Mesmo antes que seja possível recuperar olhos danificados ou desenvolver cristalinos artificiais, o novo material promete ser um banco de testes para novos
medicamentos oculares.
(Fonte: Portal Opticanet)
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