segunda-feira, 14 de março de 2016
Cadeirante brasileiro lança aplicativo que mapeia acessibilidade
Cansado de ter dúvida quanto às condições de acessibilidade dos lugares aonde gostaria de ir, o cadeirante Bruno Mahfuz decidiu criar o aplicativo “guiaderodas”.
O app tem o objetivo de fornecer informações de facilidade de acesso a pessoas com limitações de locomoção e engloba restaurantes, bares, teatros, baladas,
lojas e muitos outros estabelecimentos.
Disponível para as plataformas
iOS
e
Android,
o app é abastecido com informações fornecidas pelos próprios usuários, que precisam apenas preencher um pequeno formulário de 30 segundos para avaliar
o estabelecimento.
Os usuários do “guiaderodas” avaliam quesitos como disponibilidade de vagas para pessoas com deficiência e manobrista, de banheiros adaptados, de mesas
com altura adequada para pessoas com deficiência e se há autonomia para circulação interna para pessoas com dificuldade de locomoção.
De acordo com as avaliações, os estabelecimentos recebem uma classificação, que pode variar entre “acessível”, “parcialmente acessível”, “não acessível”
ou “não avaliado ainda”. Os usuários conseguem filtrar os estabelecimentos por localização e por opções de acessibilidade.
Iniciativas como esta são extremamente importantes num país que tem cerca de cinco milhões de pessoas com dificuldades ou impossibilidade de locomoção,
de acordo com dados do IBGE. Todavia, estes números não computam limitações provisórios, com um processo pós-cirúrgico ou uma mãe com um carrinho de bebê.
“O projeto nasceu da minha própria experiência. Sou cadeirante há quinze anos e vivencio no meu dia a dia diversos obstáculos que impossibilitam ou restringem
minha locomoção. Percebi que pessoas em diferentes momentos da vida enfrentam problemas similares, seja por limitação provisória ou permanente de exercer
suas funções rotineiras. Além disso, algumas facilidades beneficiam muito idosos de uma maneira geral, que mesmo não tendo nenhuma limitação funcional,
tendem a preferir um elevador a uma escada, por exemplo”, explica Bruno Mahfuz.
Fonte: site da revista Galileu.
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