quarta-feira, 23 de maio de 2018

Encontro de comunicação sob a ótica da publicidade e propaganda acontece na Secretaria

Na manhã desta terça-feira, 22 de maio, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo realizou a segunda Reunião Técnica sobre

Inclusão para Profissionais de Comunicação, como parte da 7ª Edição do Encontro Estadual de Gestores de Comunicação do Estado de São Paulo que foi dividida

em três temas e três datas: 25 de abril, 22 de maio e 26 de junho.

Fábio Adiron ao microfone fala sobre publicidade e propaganda para todos

A abordagem dos encontros foi estruturada para nichos específicos da área da Comunicação: profissionais de mídia (rádio, TV, impressa e digital); profissionais

de publicidade e propaganda; e gestores públicos. Em todas as reuniões o denominador comum entre os participantes em geral é a prestação de atendimento

ao público.

O objetivo das reuniões é esclarecer aos profissionais dos diferentes segmentos de atuação o papel do comunicador como disseminador de informação. A ideia

é que a abordagem, a forma de tratamento e a possibilidade de consumo pelas pessoas com e sem deficiência sejam consideradas adequadamente.

Nesta segunda reunião, em particular, os palestrantes apresentaram informações sobre o universo da publicidade e propaganda e do mercado de consumo. As

pessoas com deficiência também são consumidoras em potencial e devem ser incluídas nas peças de propaganda e também consideradas nos itens de consumo.


Lara Soto, coordenadora de Programas da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, trouxe a palestra “Comunicação Inclusiva

para o Alcance da Clientela”. Lara apresentou as diferentes barreiras que a pessoa com deficiência enfrenta no dia a dia: barreiras arquitetônicas, comunicacionais

e atitudinais.

Lara Souto fala sobre barreiras arquitetônicas, comunicacionais e atitudinais

As barreiras arquitetônicas são caracterizadas como obstáculos para o uso adequado do meio, geralmente originados pela morfologia ou formatação de edifícios

ou áreas urbanas.

As barreiras comunicacionais são caracterizadas como as dificuldades geradas pela falta de informações a respeito do local/objeto/serviços prestados, em

função dos sistemas de comunicação disponíveis (ou não) em seu entorno, quer sejam visuais e/ou auditivos.

As atitudinais muitas vezes ocorrem de maneira inconsciente e nem sempre são percebidas, sobretudo por aqueles que as impõem. A eliminação dessas barreiras

minimiza as demais e viabiliza outras dimensões de acessibilidade.

O palestrante Fábio Adiron, publicitário e professor universitário, palestrou sobre “Negócios Inclusivos: Peças Publicitárias sem Barreiras” e explicou

que teve proximidade com o tema da deficiência por ter um filho com síndrome de Down, o Samuel.

Ele iniciou pontuando sobre a diferença entre publicidade e propaganda. "Propaganda é mais ideológica, quem propaga quer vender uma ideia ou um conceito.

Publicidade é mais relacionado à venda de produto ou serviço", resumiu. Ele explicou as várias formas atuais de abordar a deficiência nas propagandas e

na publicidade em geral. Para ele, a forma de abordagem que mais incomoda é colocar a deficiência como produto. Ele explica: “usar a deficiência como produto

para melhorar o negócio me incomoda. Exemplo ‘comprem comigo e uma parte do ganho vou doar a alguma instituição de pessoa com deficiência’”.

Outros exemplos foram citados, inclusive exemplos positivos, como de uma conhecida marca de produtos infantis que fez uma propaganda de televisão com um

modelo bebê com síndrome de Down. “O comercial não fala da pessoa com deficiência, o objetivo é vender o produto, mas eles buscaram incluir essa pessoa

como se fosse mais uma e não o ‘diferente’ no meio dos outros”. Em resumo, o publicitário destacou que os produtos e serviços devem ser para todos e o

"todos" deve considerar as 45 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, segundo o Censo do IBGE/2010.

Michele Simões: ênfase na diversidade de corpos e realidades.

Michele Simões, estilista e consultora de moda, trouxe a palestra “O Mercado de Consumo para Pessoas com e sem Deficiência”. Ela abordou um pouco de sua

rotina como consumidora. Michele é cadeirante e elaborou uma pesquisa com outras pessoas com deficiência para verificar de que forma elas se viam dentro

do mundo consumidor, com uma abordagem mais específica para a moda, levando em conta sua formação.

“A maioria das pessoas com deficiência visual que entrevistei escolhe roupas pelo tato. Então imagina essas pessoas se depararem com o vidro. No shopping

parece que é um lugar que não foi feito para você. Não tem audiodescrição”, relata.
Michele também destacou: “você não tem nenhuma informação; anda a loja inteira, enfrenta o vidro e finalmente escolhe o produto não encontra nada ali que

possa dar a informação para que você identifique, você não consegue comprar com autonomia".

Michele finalizou apresentando o minidocumentário “Meu Corpo é Real”, idealizado e criado por ela, que tem como intuito levar até a indústria informações

menos superficiais e generalizadas sobre os corpos idealizados e contemplados pela moda, além de dar ênfase à diversidade de corpos e realidades.

Todas as apresentações das três reuniões técnicas serão publicadas em
http://egecom.sedpcd.sp.gov.br
A próxima reunião acontece em 26 de junho de 2018 com foco nos gestores públicos e assessores que prestam atendimento ao público. As inscrições serão abertas

a partir de 28 de maio e as vagas são limitadas.

fonte secretaria dos direitos da pessoa com deficiencia
Na manhã desta terça-feira, 22 de maio, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo realizou a segunda Reunião Técnica sobre

Inclusão para Profissionais de Comunicação, como parte da 7ª Edição do Encontro Estadual de Gestores de Comunicação do Estado de São Paulo que foi dividida

em três temas e três datas: 25 de abril, 22 de maio e 26 de junho.

Fábio Adiron ao microfone fala sobre publicidade e propaganda para todos

A abordagem dos encontros foi estruturada para nichos específicos da área da Comunicação: profissionais de mídia (rádio, TV, impressa e digital); profissionais

de publicidade e propaganda; e gestores públicos. Em todas as reuniões o denominador comum entre os participantes em geral é a prestação de atendimento

ao público.

O objetivo das reuniões é esclarecer aos profissionais dos diferentes segmentos de atuação o papel do comunicador como disseminador de informação. A ideia

é que a abordagem, a forma de tratamento e a possibilidade de consumo pelas pessoas com e sem deficiência sejam consideradas adequadamente.

Nesta segunda reunião, em particular, os palestrantes apresentaram informações sobre o universo da publicidade e propaganda e do mercado de consumo. As

pessoas com deficiência também são consumidoras em potencial e devem ser incluídas nas peças de propaganda e também consideradas nos itens de consumo.


Lara Soto, coordenadora de Programas da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, trouxe a palestra “Comunicação Inclusiva

para o Alcance da Clientela”. Lara apresentou as diferentes barreiras que a pessoa com deficiência enfrenta no dia a dia: barreiras arquitetônicas, comunicacionais

e atitudinais.

Lara Souto fala sobre barreiras arquitetônicas, comunicacionais e atitudinais

As barreiras arquitetônicas são caracterizadas como obstáculos para o uso adequado do meio, geralmente originados pela morfologia ou formatação de edifícios

ou áreas urbanas.

As barreiras comunicacionais são caracterizadas como as dificuldades geradas pela falta de informações a respeito do local/objeto/serviços prestados, em

função dos sistemas de comunicação disponíveis (ou não) em seu entorno, quer sejam visuais e/ou auditivos.

As atitudinais muitas vezes ocorrem de maneira inconsciente e nem sempre são percebidas, sobretudo por aqueles que as impõem. A eliminação dessas barreiras

minimiza as demais e viabiliza outras dimensões de acessibilidade.

O palestrante Fábio Adiron, publicitário e professor universitário, palestrou sobre “Negócios Inclusivos: Peças Publicitárias sem Barreiras” e explicou

que teve proximidade com o tema da deficiência por ter um filho com síndrome de Down, o Samuel.

Ele iniciou pontuando sobre a diferença entre publicidade e propaganda. "Propaganda é mais ideológica, quem propaga quer vender uma ideia ou um conceito.

Publicidade é mais relacionado à venda de produto ou serviço", resumiu. Ele explicou as várias formas atuais de abordar a deficiência nas propagandas e

na publicidade em geral. Para ele, a forma de abordagem que mais incomoda é colocar a deficiência como produto. Ele explica: “usar a deficiência como produto

para melhorar o negócio me incomoda. Exemplo ‘comprem comigo e uma parte do ganho vou doar a alguma instituição de pessoa com deficiência’”.

Outros exemplos foram citados, inclusive exemplos positivos, como de uma conhecida marca de produtos infantis que fez uma propaganda de televisão com um

modelo bebê com síndrome de Down. “O comercial não fala da pessoa com deficiência, o objetivo é vender o produto, mas eles buscaram incluir essa pessoa

como se fosse mais uma e não o ‘diferente’ no meio dos outros”. Em resumo, o publicitário destacou que os produtos e serviços devem ser para todos e o

"todos" deve considerar as 45 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, segundo o Censo do IBGE/2010.

Michele Simões: ênfase na diversidade de corpos e realidades.

Michele Simões, estilista e consultora de moda, trouxe a palestra “O Mercado de Consumo para Pessoas com e sem Deficiência”. Ela abordou um pouco de sua

rotina como consumidora. Michele é cadeirante e elaborou uma pesquisa com outras pessoas com deficiência para verificar de que forma elas se viam dentro

do mundo consumidor, com uma abordagem mais específica para a moda, levando em conta sua formação.

“A maioria das pessoas com deficiência visual que entrevistei escolhe roupas pelo tato. Então imagina essas pessoas se depararem com o vidro. No shopping

parece que é um lugar que não foi feito para você. Não tem audiodescrição”, relata.
Michele também destacou: “você não tem nenhuma informação; anda a loja inteira, enfrenta o vidro e finalmente escolhe o produto não encontra nada ali que

possa dar a informação para que você identifique, você não consegue comprar com autonomia".

Michele finalizou apresentando o minidocumentário “Meu Corpo é Real”, idealizado e criado por ela, que tem como intuito levar até a indústria informações

menos superficiais e generalizadas sobre os corpos idealizados e contemplados pela moda, além de dar ênfase à diversidade de corpos e realidades.

Todas as apresentações das três reuniões técnicas serão publicadas em
http://egecom.sedpcd.sp.gov.br
A próxima reunião acontece em 26 de junho de 2018 com foco nos gestores públicos e assessores que prestam atendimento ao público. As inscrições serão abertas

a partir de 28 de maio e as vagas são limitadas.

fonte secretaria dos direitos da pessoa com deficiencia

Nenhum comentário:

Postar um comentário