terça-feira, 22 de maio de 2018

Após protestos, MPF-AC recomenda adaptações em novo prédio de centro para cegos por falta de acessibilidade

MPF-AC afirma que prédio não possui nem mesmo vaga reservada para deficiente em estacionamento. SEE-AC informou que deve se posicionar posteriormente.

Por G1 AC, Rio Branco
Deficientes fecharam o cruzamento da Rua Osmar Sabino com a Avenida Ceará, em Rio Branco (Foto: Divulgação/Adev)
Após protestos,
 o Ministério Público Federal no Acre (MPF-AC) recomendou adequações no novo prédio do Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência

Visual (CAP-AC) em Rio Branco.

O órgão afirma que fez uma inspeção e que o local não oferece acessibilidade a cegos ou pessoas com baixa visão.

A recomendação foi divulgada na sexta-feira (18). A reportagem tentou contato com a Secretaria de Educação do Acre (SEE-AC) e foi informado de que a gestão

deve se posicionar posteriormente. O órgão tem dez dias para comunicar ao MPF-AC o acolhimento das recomendações.

Ao G1, em
matéria publicada em 11 de maio,
a SEE-AC informou que o novo local foi adaptado conforme as recomendações do próprio MPF-AC. O órgão destacou que o Núcleo Estadual de Tecnologia Assistida

(Neta), como vai ser chamado o novo prédio, teve as calçadas adaptadas, serviços de drenagem e corredor acessível.

Apesar disso, o MPF-AC recomendou que os serviços não sejam transferidos do CAP-AC até que a nova sede tenha plena acessibilidade aos deficientes visuais.

Entre as medidas que devem ser adotadas está a definição de uma rota de desembarque acessível até o interior da unidade e eliminação de barreiras arquitetônicas

como degraus.

Os deficientes visuais
chegaram a fazer um abaixo-assinado online contra a mudança.
 O grupo afirma que o local é frenquentado por pessoas cegas há 22 anos e que possui valor histórico, cultural e social. Eles afirmaram que o local não

oferece acessibilidade para os deficientes, não tem parada de ônibus próxima, entre outras reclamações.

Deficientes visuais decidiram fazer abaixo-assinado online contra mudança para novo prédio em Rio Branco (Foto: Reprodução/Avaaz.org)
Esses problemas também foram encontradas pelo MPF-AC que durante a inspeção constatou a falta de piso tátil, corrimão ou anteparo nas passarelas e também

de vaga reservada aos deficientes no estacionamento.

Ainda entre as recomendações, o MPF-AC orientou que a secretaria, junto a outros órgãos, disponibilize um espaço com pavimentação de calçada, instalação

de rampas, faixa de travessia de pedestres e semáforo com sinal sonoro.

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