sexta-feira, 17 de março de 2017

Projeto cria objetos para facilitar vida de pessoas com deficiência no RS

Seis famílias de Santa Maria, no Centro do estado, participam de iniciativa. Equipamentos foram desenvolvidos sob medida e fornecidos gratuitamente. Do G1 RS Um projeto desenvolvido na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), na Região Central do Rio Grande do Sul, desenvolveu equipamentos para facilitar a vida de pessoas com deficiência. Ao todo, seis famílias foram indicadas pela prefeitura para fazer parte da iniciativa. A pensionista Romilda Machado recebeu assentos giratórios para alimentar os três filhos que têm uma síndrome degenerativa. "Antes, eu servia eles em uma bacia e dava [a refeição] de boca em boca, de pé." Projeto cria objetos para facilitar vida de pessoas com deficiência em Santa Maria (Foto: Reprodução/RBS TV) Gabriel recebeu uma cadeira especial para tomar banho (Foto: Reprodução/RBS TV) A família de Gabriel dos Santos, que tem microcefalia e paralisia, recebeu uma cadeira especial para ele entrar no chuveiro. Antes, ele tomava banho em uma banheira infantil. "Vai ajudar bastante! Melhor para ele também que fica todo dobradinho. A banheira é pequena para ele, vai ser melhor, todo adaptado, a gente fica feliz", observa a irmão de Gabriel, Juliane dos Santos. Irene Rodrigues tem esclerose múltipla e, por isso, não consegue movimentar as mãos. Ela recebeu um suporte para servir chimarrão. Antes era o marido dela, Vilmar Rodrigues, que tinha que fazer isso. "Agora fica bem melhor, até pra ela. Para ela, é muito difícil de tomar o chimarrão. Com isso aí, já é um avanço que ela vai ter, de não ter eu aqui servindo, dando a bomba, então para ela é muito bom, de sentir 'eu estou fazendo! eu estou tomando mate!'", comemora o marido. Projeto recebeu verba federal O projeto obteve R$ 50 mil do governo federal e as famílias receberam os produtos gratuitamente. Cada equipamento foi feito sob medida e personalizado a partir das necessidades de cada família. "Nós, universitários da UFSM, temos a obrigação de levar o nosso conhecimento para a sociedade. Então, foi uma gratificação imensa", salienta o estudante de desenho industrial Maique dos Santos. A terapeuta ocupacional Silvana Trojan explica que o trabalho foi feito por diferentes áreas. "A terapia ocupacional entrou com o cotidiano da pessoa com deficiência, já o desenho industrial trouxe o desenho, o projeto para a gente, para como a gente ia resolver as questões do dia a dia." O professor de desenho industrial da UFSM, Sérgio Brondani, classificou o trabalho como "empoderamento da sociedade". "Então o que a gente quer despertar? Que eles enquanto comunidade, eles têm todas as condições no exercício da solução dos seus problemas." Os objetos foram produzidos por trabalhadores da própria comunidade. O sócio-proprietário de uma serralheria, Anderson Saccol, observa que os produtos tem "baixíssimo custo". "Tem material de sobra e que tem uma importância muito grande na vida deles, um valor muito maior do que para nós."  fonte  g1

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