sábado, 15 de novembro de 2014

TOM São Paulo busca soluções para pessoas com deficiência

EVENTO ACONTECE ENTRE 28 E 30 DE NOVEMBRO E VAI REUNIR ESPECIALISTAS DE DIVERSAS ÁREAS EM UMA MARATONA TECNOLÓGICA 11/tomsp Entre 28 e 30 de novembro, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo promove o evento TOM São Paulo. Durante os três dias, a iniciativa vai reunir cerca de 70 pessoas nas dependências do Departamento de Engenharia de Produção da Poli/USP, entre elas engenheiros, médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, designers, profissionais de TI e arquitetos. Os convidados deverão elaborar projetos e protótipos para aperfeiçoar ou criar soluções viáveis e replicáveis que atendam às necessidades de pessoas com deficiência. Os participantes serão divididos em equipes multidisciplinares que deverão desenvolver soluções para seis desafios. Os projetos devem ser construídos durante os três dias de evento. Entre as instituições inscritas estão Rede Lucy Montoro, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Laramara, Senai e CTI Renato Archer. Os desafios foram apresentados e selecionados com base no levantamento feito com entidades, pessoas com deficiência, profissionais e especialistas: 1.Calha para bocha adaptada (esporte paraolímpico) com desenho e material para alta performance. 2. Controle para cadeira de rodas motorizada com desenho que permita melhor usabilidade e integração entre softwares de reconhecimento de voz e de controle de ambientes. 3. Aplicativo com Google Maps para consulta sobre acessibilidade + Dispositivo que permita pessoa com limitação motora (tetraplégico, paralisia cerebral) e intelectual tirar fotos e gravar vídeos com autonomia. 4. Solução que permita a execução de notas/música com instrumentos musicais ou aparelhos eletrônicos + Brinquedos/tapetes sensoriais para crianças com deficiência visual. 5. Display Braille de baixo custo, com redução do número de células e interface com sistema touch. 6. Acessibilidade em computadores, videogames e outros, sobretudo as novas gerações, com interfaces inovadoras (Wii, Kinect). O Brasil será o segundo país a realizar o TOM. A primeira edição do evento aconteceu entre 29 de junho e 1º de julho de 2014 em Israel, na cidade de Nazaré. O nome TOM – Tikkun Olam Make-A-Thon origina-se da expressão Tikkun Olam, usado no Mishná (obras do Judaísmo Rabínico) no século 2 dC, e refere-se à legislação social pública que protegia as pessoas que estavam potencialmente em desvantagem. Atualmente, é associado ao trabalho de justiça social; em hebraico, a frase significa “reparar o mundo”. Cid Torquato, secretário adjunto da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo e coordenador do projeto, afirma que as soluções devem ser interessantes, mas o principal produto da iniciativa é o vídeo do evento. “Como ferramenta de marketing, o vídeo é o principal produto, pois traz mensagens importantes para a causa, como tecnologia, inovação e cooperação. O evento, em si, é capaz de reunir apenas 70 pessoas, mas através do vídeo é possível multiplicar a mensagem”, afirma. A ideia de trazer o TOM para o Brasil surgiu com o TechCamp, evento realizado em abril deste ano pela Secretaria em parceria com o Consulado Geral dos Estados Unidos. Na ocasião, diversas ONGs da área da deficiência reuniram-se com grandes empresas de tecnologia, como Google e Microsoft, durante dois dias. A fase final do evento consistiu em uma espécie de desafio em que os grupos deveriam apresentar uma ideia tecnológica que estivesse faltando. Para esse semestre, a Secretaria planejava realizar um hackathon e, para isso, começou a pesquisar iniciativas. Ao descobrir o TOM, ficou decidido que o mesmo formato seria adotado no País. A fase preliminar, em que os desafios foram estabelecidos e os grupos definidos, aconteceu no dia 22 de outubro. Agora, cada equipe está planejando as soluções para chegarem ao evento com as ideias prontas. Devido à limitação do espaço, cada instituição contará com um representante. “Como as equipes são multitarefas, queremos colocar um especialista com expertises complementares em cada área. Ou seja, cada grupo será formado por um engenheiro, um designer, um pesquisador, um aluno, e assim por diante. As equipes devem ter em torno de 10 pessoas”, explica Torquato. Segundo o coordenador do projeto, os interessados em participar e apoiar a iniciativa podem se manifestar na fanpage do evento no Facebook, onde também é possível acompanhar todas as ações referentes ao TOM São Paulo. “Não encontramos nenhum desafio desde que decidimos trazer o evento para o Brasil, tem sido algo impressionante. Todos que assistem ao vídeo se encantam com o projeto e querem ajudar, há um grande interesse”. Torquato explica que a deficiência sempre existiu e ela passa por diversas fases de evolução, assimilação e inclusão na sociedade. Ele lembra que, em Roma, as crianças “defeituosas” eram mortas, e foi apenas com o início do cristianismo que começaram a surgir as primeiras instituições que cuidavam dessas pessoas, mas de forma separada da sociedade. “No brasil, particularmente, temos um mercado ainda pouco desenvolvido. Há poucas empresas e não temos tecnologia de ponta como em outros países. Felizmente, o mercado está crescendo, os governos estão investindo em novas tecnologias, as empresas estão se desenvolvendo e, consequentemente, a oferta de produtos também melhora. Ainda assim, enfrentamos problemas na área de pesquisa, indústria e distribuição – há poucas lojas e pouca variedade. De fato, existem avanços recentes, mas ainda temos muito a crescer”, conclui. fonte:blog da inclusao social

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