terça-feira, 25 de novembro de 2014

Primeira sala de cinema com acessibilidade do Rio terá própria história contada nas telonas

Estudante de comunicação produz filme sobre o Ponto Cine, em Guadalupe. ALICIA LERER RIO — Cinema popular que conquistou Guadalupe com programação de filmes nacional e de arte, e rodas de debates, o Ponto Cine vai virar filme. O projeto é de Leonardo Barros, estudante de Comunicação, que trabalhou no cinema e decidiu fazer um filme sobre o lugar. As filmagens aconteceram durante os sete anos que Leonardo deu expediente no cinema, passando pelas funções de faxineiro, bilheteiro, coordenador e diretor. O projeto está em fase de edição e montagem. — Nunca me senti representado pela produção audiovisual, que mostra a favela ou a Zona Sul. Quero mostrar que na Zona Norte também tem cultura. Vou contar a história do Ponto Cine — diz Leonardo, que entrevistou mais de 90 pessoas, entre diretores, frequentadores e artistas que passaram pelo cinema. Uma dessas personagens é a aposentada Maria Aparecida, de 78 anos, frequentadora assídua do lugar. — Em vez de ficar em casa vendo televisão e no computador, passo minhas tardes vendo filmes — diz Maria Aparecida, que já apareceu no filme “As Canções”, de Eduardo Coutinho. Leonardo pretende lançar o longa-metragem no ano que vem. Já tem até data preferida para a estreia: — A ideia é fazer a primeira exibição no aniversário de 9 anos do Ponto Cine, em maio. PUBLICIDADE A fase de conclusão do filme coincide com uma novidade do Ponto Cine: mês passado, o cinema lançou uma tecnologia que o tornou totalmente acessível, atendendo deficientes visuais e auditivos por um aplicativo. É o primeiro em todo o estado do Rio. — O aplicativo é bem interessante, pois, além de fazer a audiodescrição, nos dá uma autonomia — diz Alexandre Ferreira Braga, 41, deficiente visual. No dia 3 de dezembro, Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, o cinema fará uma exibição diferente para pessoas sem necessidades especiais. Usando o aplicativo, o público vai assistir a um filme sem imagem, e na sequência, sem som. fonte:o globo

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