terça-feira, 11 de novembro de 2014

Microsoft desenvolve navegador por som para cegos

Para tristeza de um monte de deficientes visuais e tartarugas de estimação jogadas no esgoto, acidentes com transporte de material radioativo são muito pouco frequentes. Mais raros ainda são os senseis, roedores ou não. É preciso achar outras formas de lidar com a ausência de visão. A tecnologia felizmente está aí pra isso, seja nos sistemas de acessibilidade dos celulares e tablets modernos, seja em iniciativas como o Olho Biônico , ou em pesquisas como o headset 3D da Microsoft. Tudo começou com Amos Miller, um diretor da Microsoft que entrou para o quadro da Guide Dogs , uma organização inglesa de apoio a deficientes visuais. Ele começou a promover o trabalho da ONG dentro da empresa, e chegou a produzir um vídeo conceitual de como tecnologia poderia auxiliar a vida dos deficientes . O vídeo chegou aos olhos do chefe de um grupo de apoio a deficientes da Microsoft. O nome do chefe? Satya Nadella. Ele premiou os envolvidos com o vídeo, e quando virou CEO, baixou um decreto no melhor estilo “façam acontecer”. Agora estão testando os primeiros protótipos, na cidade de Reading, Inglaterra. Além da prefeitura fizeram parceria com várias ONGs, lojas e empresas de transporte público. A tecnologia funciona assim: O sujeito tem a cabeça escaneada com um Kinect, para determinar a posição exata dos canais auditivos. Uma estrutura impressa em 3D monta o esqueleto do headset, Dois transdutores precisamente posicionados perto dos ouvidos, no alto do maxilar produzem áudio por condução óssea, assim você não faz barulho, só escuta, e sem tapar o ouvido do sujeito para outros sins. 20140910_edlmn_ms_0556.0 Esse headset está conectado via Bluetooth a um smartphone, que faz o processamento pesado. Ele sabe onde você está, onde você quer ir (via Bing Maps) e enquanto você se movimenta, ele faz um clip-clop baixinho. Se você mover a cabeça para fora da direção de seu destino, o barulho diminui ou cessa completamente. Sinalizadores Bluetooth instalados em lojas, portas de trens, sinais e outros acidentes geográficos são detectados e o sistema avisa da proximidade. Em teoria o cego usando esse sistema consegue ir direto ao caixa-eletrônico certo, no meio de vários. Achar a plataforma de trem correta? Tranquilo, e nunca mais correrá o risco de dar de cara com uma pilastra e ter que usar a piada de “essa não é a plataforma 9 3/4?” Cada sinalizador custa R$ 61,00 e a bateria dura um ano. Em um projeto de grande escala obviamente isso baixará muito. Esse tipo de tecnologia é útil não só para cegos mas para gente como eu, com péssimo senso de direção. Seria excelente chegar num aeroporto desconhecido e ter um “sentido de aranha” indicando o caminho pro meu terminal. Tem um Shopping em São Paulo, perto da Microsoft com uma topologia não-euclidiana desenhada por MC Escher, Eu consegui andar 40 min por ele tentando achar um elevador. Mapas convencionais eram inúteis, talvez essa tecnologia ajudasse. Fonte: http://meiobit.com/302791/cities-unlocked-guide-dogs-microsoft-desenvolv...

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