quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Empresas não estão preparadas para atender deficientes físicos, diz pesquisa

Clientes secretos com deficiência mostram que as barreiras vão além da dificuldade de acesso Da Redação Foto: Shutterstock No Brasil, 24,5 milhões de pessoas têm algum tipo de deficiência, segundo dados do IBGE. As empresas brasileiras estão preparadas para atender esse público? Não! Uma equipe de “clientes secretos” da empresa de pesquisa Shopper Experience detectou quais são os erros mais frenquentes no atendimento aos deficientes. Entre eles, a barreira física. Portas estreitas, correntes protegendo as vagas destinadas a cadeirantes, acessos não sinalizados para deficientes visuais e equipamentos de autoatendimento em alturas incompatíveis com cadeirantes são alguns dos problemas. “A boa notícia é que diversas empresas estão interessadas em saber onde erram e quais são as alternativas para iniciar um projeto de acessibilidade, de inclusão social”, afirma Stella Kochen Susskind, presidente da Shopper Experience, que contratou pessoas com deficiência para atuar como clientes secretos. Abaixo, algumas falhas no comportamento dos vendedores e atendentes no trato com os deficientes. - o atendente grita com o deficiente visual. A questão é que ele não enxerga, mas ouve muito bem; - em um restaurante, o garçom pergunta ao acompanhante de um cadeirante qual é o pedido; o que o cadeirante gostaria de comer. Ou seja, “imbecializam” a pessoa com deficiência, tratando-a como um ser incapaz de tomar decisões; - o atendente recebe o cadeirante, auxilia-o a entrar em determinado local, mas o abandona. Ou seja, não prossegue no atendimento por motivos inexplicáveis; - o atendente pergunta ao cadeirante se não gostaria de ir ao provador, embora a loja não tenha um provedor adaptado; - o atendente não pergunta ao deficiente visual a cor que prefere, porque acha que tanto faz; - o atendente fala muito rápido com o deficiente o auditivo, impossibilitando a leitura de lábios; - o atendente, ao recepcionar um deficiente visual com cão-guia, começa a brincar, distraindo o cachorro. Nunca se deve brincar com cães-guias quando os animais estiverem trabalhando; - o atendente segura no braço do deficiente visual para guiá-lo, prática que tira o equilíbrio. O correto é oferecer o braço para que o deficiente visual segure. Para Stella, as falhas ocorrem porque os funcionários não recebem treinamento adequado para lidar corretamente com o atendimento a deficientes. FONTE:o globo

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