quinta-feira, 18 de setembro de 2014

21 de setembro: Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência

Data é celebrada com lentidão em processos para inclusão social. da Redação Em 21 de setembro é celebrado o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, data marcada para a reflexão sobre os desafios das políticas públicas de atenção aos brasileiros com necessidades especiais. Entre as barreiras enfrentadas está a aprovação da Lei Brasileira de Inclusão, que aguarda votação há quase dez anos e o cumprimento da Lei de Cotas no setor privado. De acordo com João Felippe, especialista em acessibilidade e inclusão social da Laramara – Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual, “apesar de algumas conquistas importantes nos direitos básicos, o Brasil ainda engatinha em várias esferas, seja no âmbito social, educacional, da saúde, do trabalho, do lazer e da acessibilidade como um todo, por conta de brechas legais ou do descumprimento da legislação existente, o que compromete a real inclusão das pessoas com deficiência na sociedade”, afirma. Desde 2006, a população que possui limitações físico-motora, intelectual, visual, auditiva ou múltiplas aguarda a aprovação do PL 7699, que institui a Lei Brasileira de Inclusão - medida não sancionada por entraves políticos, que ainda espera por diversos reajustes para poder assegurar a inclusão social e o pleno exercício dos direitos individuais e coletivos das pessoas com deficiência. Outra regulamentação importante é a contratação de pessoas com deficiência, que, mesmo prevista na legislação, não é cumprida por muitas empresas privadas, o que compromete a inclusão no mercado de trabalho. Além disso, a falta de uma fiscalização governamental facilita o descumprimento da medida e também possibilita a discriminação, pois muitas organizações priorizam a contratação de profissionais com deficiência moderada para evitar adaptações em sua estrutura. “É fundamental a aprovação da Lei Brasileira de Inclusão, a fim de que se garanta o direito a uma vida digna, do nascimento ao envelhecimento da pessoa com deficiência. Que se garanta o direito à habilitação, à reabilitação, à saúde, à educação, à moradia, ao trabalho, à assistência e previdência social, à cultura, ao esporte, ao turismo, ao lazer, ao transporte e à mobilidade urbana. E também o direito à acessibilidade, no seu mais amplo conceito, para que a pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida possa viver de forma independente e exercer seus direitos de cidadania e de participação social”, finaliza Felippe. Para se ter uma ideia sobre o balanço desse contingente populacional no país, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 revelam que existem cerca de 45,6 milhões de pessoas com deficiência. Em São Paulo, por exemplo, há mais de 2,7 milhões de paulistanos com alguma deficiência, sendo que, em média, 80% têm problemas visuais, como cegueira ou baixa visão. A Laramara realiza ações específicas para vencer esses desafios e que contribuem na autonomia e inclusão de pessoas com deficiência visual na sociedade. Em seus 23 anos, a instituição atendeu mais de 10 mil famílias oferecendo atendimentos de forma integral para habilitação e reabilitação, projetos focados no mercado de trabalho, educação, cultura, recreação e lazer. Sobre a Laramara: A Laramara é uma das mais atuantes instituições especializadas em deficiência visual e um centro de referência na América Latina no desenvolvimento e na pesquisa na área da deficiência visual. Realiza atendimento especializado nas áreas socioassistencial e socioeducativas com ações complementares e atividades específicas essenciais à aprendizagem e desenvolvimento das pessoas com deficiência visual e com deficiências associadas. As atividades são realizadas em grupos, organizados por faixa etária e os usuários dispõem ainda de atendimentos específicos de Braille, Soroban, Desenvolvimento da Eficiência Visual (Baixa Visão) e Orientação e Mobilidade. Disponibiliza recursos humanos para apoio à inclusão social, colabora para o aperfeiçoamento e a capacitação de profissionais e divulga suas experiências e aquisições para todo o Brasil, por meio de 30 recursos instrucionais produzidos por sua equipe, como livros, manuais e DVD's. Laramara trouxe para o Brasil a fabricação da máquina Braille e da bengala longa, indispensáveis para a educação e a autonomia da pessoa com deficiência visual. Buscando a inclusão profissional de jovens e adultos com deficiência visual, ampliou seu projeto socioeducativo, incluindo a preparação para o mundo do trabalho e vem desenvolvendo um programa especial para os jovens maiores de 17 anos. A Laramara que, em 2014 completou 23 anos, também atua efetivamente no Estado de São Paulo e procura colaborar para a inclusão das pessoas com deficiência visual em todo o Brasil. ¤ fonte:rede saci

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