domingo, 13 de maio de 2012

O LAMENTO DE UM NEGRO VELHO Sofri no eito, Sofri na senzala, Quanta dô em meu peito! Chorei, sofri, Apanhei de todo o jeito De sofrer quase morri Quanta dô em meu peito! Suor, lágrima, derramei, De dor, de saudade, chorei, Sob o sol, sob a chuva no eito. Quanta dô em meu peito! Veio a liberdade, Ainda assim eu chorei, De alegria é verdade. A tristeza não deixei, Negro é assim, não tem jeito. Quanta dô em meu peito! Morto, ao mundo voltei. Ouço queixa e sofrimento Em todos os terreiros. É o continuar do meu lamento!

Nenhum comentário:

Postar um comentário