Na manhã desta terça-feira, 19 de dezembro, aconteceu no auditório da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência de São Paulo, o “1º Seminário
Acessibilidade e Desenho Universal no Contexto Urbano”. A ação encerrou um ciclo de workshops realizados durante o ano, fruto de parceria entre a Secretaria,
por meio do Centro de Tecnologia e Inovação – CTI, e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo de São Paulo - CAU/SP.
Mesa de abertura do Seminário do CAU/SP
Participaram da abertura do evento Luiz Carlos Lopes e Antonio Rudnei Denardi, Secretário Adjunto e Chefe de Gabinete da Secretaria de Estado dos Direitos
da Pessoa com Deficiência de São Paulo, respectivamente; Silvana Cambiaghi, arquiteta; Gilberto Belleza, arquiteto e presidente do CAU/SP; Sylvia Cury,
Gerente Técnica do CTI; e Claudia Lopes, representando a Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura – AsBEA.
Luiz Carlos Lopes, representando a Secretária, Dra. Linamara Rizzo Battistella, falou sobre a importância de ter os arquitetos interessados em discutir
desenho universal e acessibilidade. “É muito importante, é uma luta que tem sido desenvolvida para, em primeiro lugar, sensibilizar estudantes e profissionais,
em segundo lugar influenciar as leis, as normas, e em terceiro lugar fiscalizar a execução, a aplicação das normas dessas leis”, ressaltou.
Secretário Adjunto Luiz Carlos Lopes, ao microfone
Outro detalhe destacado pelo Secretário Adjunto foi a regulamentação da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (13.146/15). “Particularmente,
no momento temos o desafio adicional que é a regulamentação de alguns pontos da Lei Brasileira de Inclusão”, destacou, referindo-se à exigência de acessibilidade
presente na LBI, que aguarda regulamentação para seu efetivo cumprimento.
Lopes também falou sobre a quebra de algumas barreiras. “Nós temos que comemorar o fato de que, entre todas as barreiras enfrentadas pelas pessoas com
deficiência, talvez a barreira física arquitetônica tenha tido maior avanço, muito em função dos arquitetos e engenheiros”.
O Chefe de Gabinete, Antonio Denardi, destacou a importância da acessibilidade em todos os espaços, públicos ou privados. “Não é possível pensar um amanhã
melhor se esse amanhã não conceber a presença de todos, o acesso de todos. E o conhecimento sobre o significado da acessibilidade no contexto contemporâneo
é a nossa contribuição, a contribuição do Governo do Estado de São Paulo para que um futuro acessível seja possível”, salientou.
Chefe de Gabinete Antonio Rudnei Denardi, ao microfone.
O seminário fechou um ciclo de 12 encontros realizados durante o ano nas regiões em que se encontram as sedes regionais do Conselho, com participação de
cerca de 1200 arquitetos. Segundo Silvana Cambiaghi, “os encontros possibilitaram a conversa com os arquitetos paulistas”.
O objetivo dos workshops foi de fomentar o conhecimento e o entendimento dos profissionais das áreas arquitetônica e urbanista a respeito de acessibilidade
e desenho universal, previstos na legislação, visando a construção de espaços acessíveis, voltados à mobilidade das pessoas com e sem deficiência, fomentando
o debate de espaços cada vez mais inclusivos. Ainda de acordo com Silvana, “todos esses encontros foram pensando na maneira de deixar as cidades mais adequadas
e colocar uma sementinha na mente dos arquitetos, para que pensem na diversidade”.
Segundo Sylvia Cury, o Centro de Tecnologia e Inovação – CTI trabalha há 3 anos no desenvolvimento de ações, programas e projetos para a inclusão das pessoas
com deficiência, sempre com a tecnologia como foco. “Essa é uma oportunidade de compartilhar experiências para dar continuidade ao desenvolvimento de atividades
dentro do processo de inclusão”.
Os encontros e o seminário focaram os seguintes temas: Desenho Universal, a Lei Brasileira da Inclusão, debate sobre questões de acessibilidade na região,
além de exercícios interativos para entender melhor o universo das pessoas com deficiência. Segundo Claudia Lopes, “os encontros são importantes para a
construção das cidades, que tem muito a melhorar”. “Essa é uma luta grande”, destacou.
O seminário apresentou o resultado desses workshops e ampliou o debate sobre desenho universal e acessibilidade. Segundo Gilberto Belleza, essa parceria
começou há dois anos, quando foi assinado convênio entre o CAU/SP e a Secretaria. “A ideia é poder levar a discussão da barreira arquitetônica, aos profissionais
da área, dos municípios paulistas”, ressaltou Belleza que defende que a terminologia “barreiras arquitetônicas” seja substituída por “soluções arquitetônicas”,
como contribuição concreta para a sociedade.
Na ocasião, foi entregue uma cartilha com informações acerca dos encontros. Confira:
http://www.pessoacomdeficiencia.sp.gov.br/Content/uploads/2017128115626_LIVROdesenho-universal.pdf
fonte secretaria dos direitos da pessoa com deficincia
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