terça-feira, 27 de janeiro de 2015
Programação Inclusiva marcou a comemoração aos 461 anos de São Paulo
A programação inclusiva oferecida pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) reuniu centenas de pessoas que assistiram
espetáculos de música, dança e puderam interagir com animais na Pet Terapia.
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Cristofer, 14, tocando percussão na Banda do Silêncio
A comemoração aos 461 anos de São Paulo agitou todas as regiões da cidade com as diversas atividades oferecidas pela Prefeitura de São Paulo no último
fim de semana, 24 e 25 de janeiro. A programação inclusiva oferecida pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED)
reuniu centenas de pessoas que assistiram espetáculos de música, dança e puderam interagir com animais na Pet Terapia.
Cerca de 40 alunos com deficiência auditiva, cegos e ouvintes das Escolas Municipais Madre Lucie Bray (Bilingue para Surdos) e Marechal Rondon integram
o projeto Banda do Silêncio. Os jovens músicos apresentaram no sábado, dia 24, no Mercado Municipal um repertório popular e bastante variado, incluindo
sucessos nacionais e internacionais interpretados com instrumentos de sopro, percussão, cordas e teclado. A apresentação contou com a presença da secretária
municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Marianne Pinotti.
A proposta de inclusão musical da Banda do Silêncio surgiu há 10 anos por iniciativa do professor de música da rede municipal Fábio Bonvenuto. “Tudo começou
há 10 anos quando alunos surdos da EMEBS Madre Bray quiseram participar de aulas de música. A Secretaria Municipal de Educação fez então o chamamento para
que os professores de música manifestassem o interesse e aceitei o desafio por já ter trabalhado em um projeto similar em Guarulhos com a inclusão de alunos
cegos”, contou o professor. A partir daí, surgiu a ideia de juntar em uma banda os alunos de música das turmas de surdos e de ouvintes.
Fábio explica que as aulas para os surdos incluem o aprendizado teórico com as partituras e a percepção do som pelas vibrações das notas musicais. “O mais
interessante é que são justamente os alunos surdos os mais dedicados aos estudos e aos meus sinais da regência, justamente porque precisam se concentrar
mais em cada uma das notas musicais”, explica o professor.
Cristofer Rodrigues, 14 anos, é um desses alunos dedicados. Graças ao aparelho auditivo que utiliza é capaz de ouvir sons em um volume muito baixo. Mas
isso não foi problema para que despertasse nele o desejo de aprender música. Há dois anos na Banda do Silêncio, Cristofer toca percussão e não perde o
ritmo de nenhuma música. Sua colega Caroline Correa, 18 anos, é uma das integrantes ouvintes da Banda e há sete anos integra o projeto. “Comecei sem saber
tocar um instrumento sequer. Aprendi teclado e fui me aprofundando com outros instrumentos. Hoje toco também bateria e aprendi a reger”, conta orgulhosa.
Caroline explica que a proposta inclusiva da Banda fez com que mudasse seu olhar em relação às pessoas que possuem alguma deficiência. “Percebo que mesmo
com alguns limites que alguns alunos têm, eles conseguem cumprir as funções igual a todos os outros”, concluiu.
No domingo (25), a programação iniciou com a apresentação de dança “Papos de Boteco” dos alunos da APAE São Paulo, no Mercado Municipal. O espetáculo
foi
uma homenagem ao saudoso cantor e compositor paulistano Adoniran Barbosa e incluiu coreografias para acompanhar seus maiores sucessos como “Tiro ao Álvaro”
e “Trem das Onze”. Todos os dançarinos vestiram trajes típicos com chapéus e suspensórios, relembrando a cidade de São Paulo nos anos 60. Não foram esquecidos
os instrumentos musicais como o violão e o pandeiro e a tradicional mesa de boteco.
No CEU Vila Rubi, também no dia 25, o Grupo de Abordagem Terapêutica Integrada - GATI apresentou a Pet Terapia, método que trabalha o foco e o bem-estar
por meio da interação homem animal. Crianças e adultos com e sem deficiência interagiram com porquinhos da Índia, jabutis, pássaros, bicho-pau, cães entre
outros. A atividade que estimula coordenação motora e emocional foi toda monitorada por profissionais especializados.
fonte:s m p e d
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