segunda-feira, 25 de março de 2013

Sesi inicia ações do Programa de Inclusão de Pessoas com Deficiência no Trabalho

O Sesi deu início ao cronograma de visitas às indústrias de Campo Grande para detalhar o PcD e contribuir com o desenvolvimento da cultura inclusiva, promovendo

a inserção de 1,5 mil pessoas no mercado de trabalho ao longo deste ano em Mato Grosso do Sul.

Natália Gonçalves

O Sesi deu início ao cronograma de visitas às indústrias de Campo Grande para detalhar o PcD (Programa de Inclusão de Pessoas com Deficiência no Trabalho)

e contribuir com o desenvolvimento da cultura inclusiva, promovendo a inserção de 1,5 mil pessoas no mercado de trabalho ao longo deste ano em Mato Grosso

do Sul. De acordo com Maria José dos Santos Souza, técnica de relações institucionais da área de mercado do Sesi, além da Capital, nas cidades do interior

do Estado as unidades estão na fase de elaboração do cronograma de visitas e nos dias 9 e 10 de maio o trabalho será detalhado durante a Feira Caça Talentos

Expo.

Maria dos Santos explica que o trabalho consiste em realizar consultorias nas indústrias para orientar empresas que ainda não contrataram pessoas com deficiências

e também aquelas que já o fizeram, mas, de alguma forma, precisam de algum tipo de adequação. “Um engenheiro do trabalho ou ergonomista do Sesi vai até

a empresa e faz o diagnóstico com base na NBR 9050, indicando se há necessidade de algum tipo de adaptação para receber o trabalhador com deficiência”,

acrescentou.

Ela lembra ainda que o Sesi tem parceria com a Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande), que possibilita às empresas a divulgação das vagas

existentes para as pessoas com deficiência. “Essa é uma outra forma de atuação, pois a Funsat nos informa os encaminhamentos dos deficientes e nós vamos

até a empresa apresentar o Programa. Vale lembrar que o artigo 93 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, estabelece que empresas com até 200 empregados

precisam reservar 2% dos cargos a pessoas com deficiência, enquanto para aquelas com até 500 funcionários esse percentual sobe para 3%, de 501 a 1.000

funcionários o índice chega a 4% e para aquelas com mais de 1.001 funcionários devem reservar 5% dos cargos”, detalhou.

Universo Íntimo
Uma das indústrias visitadas pela equipe do Sesi foi a Universo Íntimo, onde a técnica de relações com o mercado do Sesi, Iara Ferro, apresentou ontem

(20/03) os detalhes do PcD para a gerente de recursos humanos Elenice Camilo dos Santos. Ela informou que a indústria já mantém 21 pessoas com algum tipo

de deficiência e considera válida a iniciativa do Sesi de levar informações nesse sentido até as empresas. “É preciso orientar as empresas para que atendam

a legislação. A empresa precisa ter pessoas preparadas para melhor receber esses trabalhadores”, declarou.

Já Iara Ferro destacou a importância da aproximação com as empresas para esclarecer e orientar sobre a legislação. “O Programa é em módulos e a empresa

pode escolher fazer todos ou aqueles que melhor atendem as necessidades dela”, disse. Para Fernanda Centurião Melgarejo, 31 anos, que atua no setor de

embalagens da Universo íntimo há 3 anos, o trabalho elevou a autoestima e trouxe independência.

“Mudou minha vida porque hoje eu tenho salário, posso comprar minhas coisas e isso me deixa muito mais feliz. É muito importante que as empresas deem esse

espaço para gente”, declarou a funcionária Fernanda Melgarejo, que tem deficiência mental. Daniel Nogueira Barreto, 26 anos, que atua no setor de acabamento

da fábrica há 2 anos, destaca que o trabalho promoveu sua inclusão. “O que eu mais gosto são as amizades que eu fiz aqui. O salário é bom, ajuda muito,

mas trabalhar me fez sentir parte de algo maior”, pontuou o funcionário, que também tem deficiência mental.

 fonte midia max

Nenhum comentário:

Postar um comentário