terça-feira, 14 de outubro de 2014

Deficientes visuais têm quatro vezes mais pesadelos do que pessoas com visão normal

RIO - Um novo estudo dinamarquês revela que as pessoas cegas têm consideravelmente mais pesadelos do que as pessoas com visão normal e aqueles que se tornaram cegos mais tarde na vida. O estudo, recentemente publicado na revista “Sleep Medicine”, mostra que uma média de 25% dos sonhos vividos por pessoas que nasceram cegas são pesadelos - enquanto eles representam apenas 6% dos sonhos de pessoas cuja visão é intacta. - O estudo confirma uma hipótese já existente de que os pesadelos das pessoas são associados com emoções que experimentam durante a vigília. E as pessoas cegas aparentemente experimentam situações mais ameaçadoras ou perigosas durante o dia do que as pessoas com visão normal - diz o principal autor do estudo Amani Meaidi, assistente de pesquisa do Centro Dinamarquês de Medicina do Sono no Hospital Glostrup e BrainLab da Universidade de Copenhagen. Durante um período de quatro semanas, a equipe de cientistas da Universidade de Copenhague e Glostrup Hospital seguiram 11 pessoas que nasceram cegas, 14 que se tornaram cegas mais tarde na vida e 25 pessoas com a visão normal. Eles pediram aos participantes para tomarem nota do que eles sonharam. Os resultados mostram que as pessoas que nascem cegas não têm sonhos com conteúdo visual e 25% dos seus sonhos eram pesadelos. Já as pessoas que perderam a visão mais tarde na vida podem ter conteúdo visual em seus sonhos, embora quanto mais tempo eles estão sem a visão, menos são os sonhos que têm com qualquer conteúdo visual. Sete por cento dos seus sonhos eram pesadelos. Os sonhos das pessoas com vista normal são baseados em imagens e elas têm pesadelos apenas 6% do tempo. Os assuntos dos sonhos dos participantes da pesquisa “foram muitas vezes relacionados com ameaças vividas no cotidiano”. Uma mulher muitas vezes tinha pesadelos sobre ser atropelada por um carro ou entrar em situações sociais embaraçosas, como derramar uma xícara de café. - O estudo também aponta que a entrada sensorial e as experiências que temos quando estamos acordados são decisivas quando se trata do que sonhamos. Então, as pessoas sem estímulos sensoriais visuais sonham com uma extensão muito maior de sons, sabores, cheiros e contato - diz Meaidi. - O melhor palpite é que os sonhos são uma maneira de limpar a lousa. Nossas emoções nos ajudam a avaliar o que vale a pena lembrar e o que não vale. fonte:extra

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