sábado, 18 de agosto de 2012

Pais têm dificuldades para matricular filhos com deficiência em São Carlos - !

Mãe de autista recebeu duas respostas negativas de escolas no município.
Estudo aponta que 80% dos deficientes não terminam o ensino fundamental.

Do G1 São Carlos e Araraquara

Embora a Constituição Federal garanta ao deficiente o direito de
frequentar a rede regular de ensino, em São Carlos (SP) muitos pais
ainda enfrentam dificuldades
para matricular os filhos. A cidade não foge aos dados do Estado de São
Paulo onde 80% dos alunos com necessidades especiais não conseguem
terminar o ensino
fundamental, segundo apontou uma pesquisa do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE).

Caio tem sete anos e é autista. Hoje ele estuda em uma escola regular,
junto com alunos que não têm deficiência. “As tarefas são todas
adaptadas para as
dificuldades do Caio e tem uma auxiliar de classe só para ele”, afirma a
mãe do garoto, Marli Zotesso Moretti.

Mas ela conta que não foi fácil conseguir uma vaga. “Antes de conseguir
nesta escola eu tinha procurado em duas que me negaram a matrícula
dizendo que
não tinham estrutura para cuidar de uma criança autista e que se
sobrasse alguma vaga eles poderiam me chamar futuramente, sendo que eu
já estava lá para
fazer a matrícula”, lembra Marli.
Mãe de autista recebeu duas negativas de escola para matricular filho na
cidade (Foto: Reprodução EPTV)Mãe de autista recebeu duas negativas de
escola
para matricular filho na cidade (Foto: Reprodução EPTV)

Planejamento
A especialista em educação especial Vanessa Paulino diz que as escolas
deveriam planejar as aulas de acordo com a necessidade de cada aluno.
“Por meio
da atuação de um professor de educação especial, de maneira colaborativa
com o professor da sala de aula regular. Então o professor vai adequar a
atividade
e aproximar o conteúdo da possibilidade de aprendizagem do aluno com
deficiência intelectual”, explica a especialista.

Educação especial
Para quem não encontra um colégio regular, as opções são entidades
especiais. Marcelo Mattos, de 39 anos, sofre de atraso mental e
conseguiu retomar os
estudos. “Eu quero aprender a ler e depois fazer cursos de informática.
Estou me esforçando ao máximo”, conta Mattos.

Quando era criança, ele chegou a frequentar escolas convencionais, mas
que não eram preparadas para receber deficientes. “Foram seis anos que
ele estudou
e não conseguiu aprender nada. O meu maior sonho é ver ele formado”,
comenta a mãe do estudante, Marilene Mattos.

Fonte: G1

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