sábado, 21 de julho de 2012

NOVO SOLTWARE PARA DEFICIENTES VISUAIS!

projeto f123

O projeto F123, criado em Curitiba, desenvolve um sistema de software, de baixo custo, específico para pessoas cegas ou com baixa visão para ajudá-las nos

estudos e em suas carreiras.

Ao instalar o sistema no computador, pessoas com baixa visão podem, por exemplo, ampliar as letras na tela e movimentar uma lupa eletrônica usando o mouse.

Enquanto para as pessoas com cegueira total, um leitor de tela, através de uma voz sintética, “lê” os conteúdos para os usuários. A partir dos comandos

no teclado, é possível ouvir e seguir as instruções do computador a medida que novas janelas e abas são abertas.
“O custo alto dos softwares, que já existem no mercado, e a falta de material apropriado para capacitação são os principais fatores para a exclusão de
crianças
e jovens cegos ou com baixa visão. Os softwares tipicamente usados para a leitura, ou ampliação de tela, custam o equivalente a dois ou três computadores.

Este valor elevado impede governos, fundações e organizações de implementarem projetos na escala necessária para obter melhorias significativas, tanto

na escolaridade quanto na empregabilidade de jovens com deficiência visual”, afirma Fernando Botelho, fundador do F123.

Botelho é cego e sempre teve acesso a equipamentos que o ajudaram a estudar e desenvolver plenamente a sua carreira. É formado em sociologia pela universidade

de Cornell e é mestre em relações internacionais pela Universidade de Georgetown, nos Estados Unidos. Foi diretor adjunto do Banco UBS, em Zurique, na

Suíça, é Ashoka fellow e recebeu, em 2010, o prêmio A World of Solutions do BID. “Uma das minhas principais motivações foi perceber que nos países em desenvolvimento,

nove em cada dez crianças com deficiência visual não têm acesso à educação.”

O sistema do F123 chega a ser 50 vezes mais barato – quando adquirido em grande escala – do que outros softwares para pessoas com problemas de visão. O

software mais caro do grupo F123 custa R$ 350, enquanto os tradicionais chegam a R$ 4 mil. Os softwares também são oferecidos gratuitamente em versão limitada

e possuem traduções para espanhol e inglês. Além do Brasil, o sistema já vem sendo testado em 20 países, como Argentina, Peru e Uruguai, na América Latina,

e até mesmo na Zâmbia e no Quênia, na África.
fonte:catraca livre

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