segunda-feira, 17 de junho de 2013

Projeto definitivo de acessibilidade do Albertão deve ser entregue em Julho

Membros da Fundespi apresentaram projeto no Estádio esta manhã, que recebeu sugestões de órgãos públicos e entidades em defesa do deficiente Wenner Tito O Albertão foi visitado na manhã desta quarta-feira (12) por representantes dos deficientes de Teresina, acompanhados de membros dos conselhos de arquitetura e de engenharia do Piauí e também do Ministério Público, que observaram in loco as modificações propostas pela Fundespi para garantir a acessibilidade do estádio. Após as sugestões dadas, foi estipulado o prazo do dia 12 de julho para entrega do projeto arquitetônico definitivo. Para a conclusão das obras, no entanto, não foi definido um tempo. O projeto da Fundespi consiste na criação de dois espaços destinados exclusivamente para os portadores de deficiência física, semelhantes a camarotes. Todo o trajeto foi pensado para garantir a autonomia dos deficientes desde a entrada do estádio. No chão, será colocado o piso tátil, que levará até uma plataforma elevada e também a duas rampas. De acordo com o projeto, as rampas metálicas de aproximadamente 43 metros com 8% de inclinação levarão até os espaços, que serão climatizados e divididos em dois patamares de altura, para garantir a visibilidade de todos. Em relação aos banheiros, serão construídos dois adaptados, próximos a entrada, e mais alguns químicos no piso superior. A visita foi acompanhada pelo presidente da Fundespi, Marco Aurélio Sampaio, além de membros das comissões de direito desportivo e da de defesa da pessoa com deficiência da OAB, e também do Conselho Regional de Engenharia e do Conselho de Arquitetura e Urbanismo. - Nós viemos aqui para olhar os pontos críticos, observar o que diz o projeto e dar algumas sugestões do ponto de vista técnico, e também com orientação de representantes dos próprios deficientes, que darão sugestões mais do ponto de vista humano. Tudo para garantir a acessibilidade de todos ao Estádio – diz Sanderland Ribeiro, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo. Esta acessibilidade ainda não é, no entanto, total. Tantos órgãos públicos quanto as próprias associações de deficientes entendem que reformas para garantir a acessibilidade plena (ou seja, a qualquer lugar do estádio) são inviáveis, mas que os paliativos citados no projeto são suficientes para o mínimo de acessibilidade necessário para os deficientes. -O que nós temos aqui é uma solução paliativa. Trata-se de um estádio muito antigo, e para garantir a acessibilidade plena seria necessário mexer em toda a estrutura do estádio. Aqui nós temos o que é possível para a nossa realidade, atendendo as necessidades mínimas – afirma a promotora de justiça Marlúcia Evaristo, titular da Promotoria de Justiça de Defesa da Pessoa com Deficiência e do idoso. Uma das representantes das pessoas com deficiência presente no local era Amparo Sousa, diretora de acessibilidade da Associação dos Deficientes Físicos de Teresina. Para ela, o que foi apresentado é satisfatório. - Achei interessante. Como é uma estrutura muito antiga, só foi possível um paliativo, mas isso já garante a acessibilidade mínima necessária –diz ela. Um problema observado pelos presentes foi o fato do projeto contemplar apenas a parte interna do Albertão, sem levar em consideração, no entanto, o trajeto feito até a entrada do estádio, o que foi prometido pelo arquiteto da Fundespi, José Bezerra Júnior, dentro do que lhe cabe. - Nós vamos garantir a questão do estacionamento aqui, dentro do Albertão. Mas da calçada para lá, inclusive o trajeto do deficiente da parada de ônibus até aqui, é com a prefeitura – explica. Prazos Ainda não é possível definir um prazo para que as obras de acessibilidade do Albertão sejam entregues. Tudo ainda está na fase de projeto, que passará por algumas adaptações após as sugestões feitas durante a visita desta quarta-feira. O projeto arquitetônico será entregue até o dia 12 do próximo mês, dentro de exatos 30 dias. Após a aprovação, será feito o laudo de engenharia, a partir do qual será estipulado o orçamento que será levado até o governador. Só então será liberado o edital de licitação, que tomará mais algum tempo. Por conta de toda a questão burocrática, é pouco provável que as obras sejam concluídas ainda em 2013. O presidente da Fundespi, Marco Aurélio Sampaio, afirma que será feito o possível para agilizar o processo. -Ainda é preciso ver a parte orçamentária, e só então vamos levar ao governador, já que isso será feito apenas com dinheiro do tesouro estadual. Só com o orçamento que será feito o edital para a licitação, e aí o tempo também depende do valor. Agora, não dar para falar em prazo, mas para mim o melhor é que seja feito o mais rápido possível – diz o gestor. Enquanto a obra não for concluída, o Albertão continuará sofrendo com a interdição da SDU Sul, emitida desde o mês de Abril, após recomendação do Ministério Público. O alvará de funcionamento só será concedido novamente quando as obras estiverem executadas. fonte globo esporte

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