segunda-feira, 18 de junho de 2012

O Dia do Orgulho Autista foi formalizado em 18 de junho de 2005. A partir de 2008, o dia 18 de junho passou a ser comemorado como o “Dia Mundial do Orgulho Autista”. A iniciativa de instituir o Dia do Orgulho Autista partiu da organização americana Aspies for Freedom, fundada em junho de 2004, que luta pelos direitos civis dos autistas e mantém um site com fóruns sobre o transtorno do autismo e os demais transtornos de espectros autistas. O objetivo do grupo, além da luta pelos direitos do portador de autismo, é informar e educar o público em geral sobre o assunto e dar apoio às famílias de autistas. No primeiro ano de celebração, em 2005, o tema escolhido foi "Aceitação; não cura". Foi realizada uma parada em Seattle, Washington (EUA), e ficou decidido que a cada ano haveria um tema, com objetivo de chamar a atenção da população em geral, reforçar os direitos dos autistas e combater todas as formas de discriminação contra os portadores desse transtorno. No Brasil, mais especificamente em Brasília, um grupo de pais, familiares e amigos de pessoas autistas aderiu ao movimento. O grupo mobilizou pessoas da sociedade civil e de órgãos públicos para levar informações sobre a síndrome a toda população. "Este dia é uma celebração da neurodiversidade dos indivíduos do espectro autista, para promover o conceito de que aqueles identificados como autistas não sofrem de um mal patológico, assim como quem tem a pele escura não sofre de uma doença de pele", disse Fernando Cotta, pai de um filho autista e um dos organizadores do evento, em Brasília. Os defensores do Orgulho Autista acreditam que a noção de pureza racial, em termos de raça humana como um todo, permeia a ciência médica, a qual parece refletir uma crença de que todo o cérebro humano seria idêntico. No ano de 2011, o Senado marcou sessão especial no dia 27 de Junho, para comemorar o Dia do Orgulho Autista, cujo tema foi "O Brasil precisa conhecer o autismo". O requerimento solicitando o evento foi do Senador Paulo Paim (PT-RS), autor do PLS-168/2011, atual PL-1631/2011, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. De modo geral, o autismo, classificado cientificamente dentro dos chamados distúrbios globais do desenvolvimento, é uma síndrome caracterizada por alterações que se manifestam na interação social, na comunicação e no comportamento. Manifesta-se, normalmente, por volta dos três anos de idade - podendo também ocorrer antes desse período - e persiste por toda a vida adulta. Atinge, principalmente, o sexo masculino, na proporção de quatro meninos para cada menina, razão porque o autismo é simbolizado pela cor azul. As causas ainda não foram claramente identificadas e várias abordagens de tratamento têm sido desenvolvidas. A exemplo dos anos anteriores, várias universidades, governos, prefeituras e instituições promovem eventos como palestras, debates e caminhadas para celebrar a data. Essas instituições, tanto no Brasil como no exterior, destacam outros objetivos e temas do evento, como: desmistificação sobre o autismo; definições do transtorno; dificuldades e preconceitos; convivência em sociedade; intervenções terapêuticas; intervenções medicamentosas; o cotidiano do autista; depoimentos de pais, responsáveis e terapeutas; propostas pedagógicas; lacuna na formação acadêmica dos profissionais especializados; acessibilidade; propostas de políticas públicas; desafios da educação inclusiva; e metas para a divulgação e conscientização da população. Várias entidades no Brasil se encarregam de cuidar e de acolher pessoas com transtorno do espectro autista e suas famílias, além de divulgar ações sobre o assunto, entre elas: CENTRO PRÓ-AUTISTA (CPA), AMIGOS DO AUTISTA (AMA), MUNDO DO ASPERGER, FUNDAÇÃO DE APOIO E DESENVOLVIMENTO DO AUTISTA (FADA); e INSPIRADOS PELO AUTISMO.

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