quarta-feira, 21 de agosto de 2019

Festival de Gramado acessível. A luta por filmes legendados a audiodescritos.

por
Ricardo Shimosakai
Desde sábado (17/08) acontece no Hotel Serrazul (R. Garibaldi, 152), durante o
Festival de Cinema de Gramado,
mais um encontro da campanha “Legenda para quem não ouve, mas emociona”. Chegando a sua 15ª edição em 2019, o movimento reafirma a luta por legendas que

atendam
deficientes auditivos nos filmes brasileiros.

No encontro serão exibidos filmes legendados feitos por surdos. Também há espaço para outras manifestações criadas ou destinadas a esse público. O movimento

é bem-vindo e está em sintonia com a
bandeira da acessibilidade,
carregada pelo Festival, que inclui várias atrações de mostras paralelas e mesmo das mostras competitivas com
audiodescrição
e legenda descritiva.

A coordenadora da campanha, Carilissa Dall’Alba, diz que o encontro reforça a luta pela inclusão dos deficientes auditivos ao mundo do cinema. “Sempre

tivemos apoio da Gramadotur e da Famurs, e desde 2004 organizamos o evento em Gramado para lutar pelas legendas nos filmes brasileiros que até hoje não

são legendados quando estreiam nos cinemas. Ano passado foi muito importante, pois estivemos pela primeira vez na abertura do Festival. E também pela primeira

vez tivemos intérpretes em todas as estreias de filmes e nas premiações.”, afirma.

Em 2019 a campanha tem um forte aliado: o ator Caio Castro será o padrinho do encontro.

História do Festival de Cinema de Gramado

A idéia deste Festival surgiu da popularidade de um evento realizado ao longo da Festa das Hortênsias, entre 1969 e 1971. Tanto os artistas, quanto os

jornalistas, os turistas e os residentes de Gramado celebraram este acontecimento, o que propiciou posteriormente a institucionalização da Mostra de Cinema.

A Prefeitura, ao lado da Companhia Jornalística Caldas Júnior, a Embrafilme e a Funarte, e igualmente apoiada pelas secretarias de Turismo e de Educação

e Cultura do Estado, levantou a bandeira em prol do projeto e o tornou viável.

O Festival tem como meta revelar o que há de novo na produção cinematográfica brasileira e latina, concorrendo para disseminar as obras e talentos que

despontam neste campo, promovendo discussões, conferências, encontros, painéis, a divulgação das mais recentes publicações, entre outros tantos eventos

conectados à esfera do cinema.

Ele tem sido realizado sem nenhuma suspensão, sendo membro oficial do calendário internacional de festivais de cinema. O 1º Festival do Cinema Brasileiro

de Gramado ocorreu de 10 a 14 de janeiro de 1973, sendo posteriormente repetido anualmente, a princípio na época do verão, depois na estação outonal, e

a partir da década de 90, sempre em agosto.

O prêmio concedido por este Festival, o Kikito – Deus da Alegria – tem estimulado e inspirado diversos artistas ao longo dos anos. Depois de passar por

uma fase mais caracterizada pelo sensualismo e pelas atrizes desnudas, ele consolidou-se durante a década de 70, nos difíceis anos da ditadura, ganhando

nos anos 80 a aura de um dos mais importantes festivais de cinema do Brasil. Atualmente ele é um espaço imprescindível para o desenvolvimento da cinematografia

nacional.

Fonte:
Felipe Vieira

via turismo adaptado

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