quarta-feira, 15 de maio de 2019

Fundação Dorina e Maurício de Sousa lançam quadrinhos em braille

Publicado por Fernando Freitas
Dorinha, personagem cega da Turma da Mônica inspirada em Dorina Nowill, fala sobre deficiência visual no livro Como Dorinha vê o mundo
Descrição da imagem: foto de uma página do livro Como Dorinha Vê o Mundo. A personagem Dorinha toca o cabelo de Cebolinha. Mônica observa e ri.

“É através do tato, usando os dedos e as mãos, que os cegos começam a perceber o mundo…”, explica Dorinha, personagem inspirada em Dorina Nowill, a Mônica

e Cebolinha – também criações clássicas de Maurício de Sousa.

A mais famosa turma brasileira das HQs invade a inédita publicação Como Dorinha vê o mundo, que será distribuída gratuitamente para 500 escolas da rede

municipal de ensino, de São Paulo.

A iniciativa da Fundação Dorina Nowill para Cegos conta com a importante parceria do
Instituto Maurício de Sousa ,
na cocriação da obra, e do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente (FUMCAD), que viabiliza a produção dos 3 mil exemplares da primeira edição do livro

impresso em braille e fonte ampliada. Em suas 24 páginas, até os clássicos traços e ilustrações de Maurício de Sousa são acessíveis, claro.

Início do grupo Lançamento do livro Como Dorinha vê o mundo, na Fundação Dorina, contou com a presença da protagonista, que divertiu as crianças atendidas

pela instituição
Descrição da imagem: foto de Cristian, uma criança atendida pela Fundação Dorina, tocando o rosto da personagem Dorinha, que segura as mãos do menino.

Lançamento do livro Como Dorinha vê o mundo, na Fundação Dorina, contou com a presença da protagonista, que divertiu as crianças atendidas pela instituição

Fim do grupo

De forma lúdica e criativa, Como Dorinha vê o mundo faz parte da “Série Dorina” e apresenta a realidade das pessoas com deficiência visual, o sistema braille

e outros instrumentos que possibilizam a democratização da cultura e da brincadeira.

O formato da versão impressa também promove a literatura inclusiva entre crianças e jovens cegos, com baixa visão e videntes. “Todos os alunos podem ler

o livro. E os professores e educadores também. Isso é inclusão. Esse é o legado de
Dorina de Gouvêa Nowill,
nossa fundadora que, neste mês de maio, completaria 100 anos e há mais de 70 anos foi pioneira na luta por um mundo mais acessível e uma sociedade mais

inclusiva”, comemora Alexandre Munck, superintendente da Fundação Dorina Nowill para Cegos.

Dorina 100 anos

Nascida em maio de 1919, na capital paulista, Dorina de Gouvêa Nowill ficou cega repentinamente, aos 17 anos, em consequência de uma doença não diagnosticada.

A partir da perda completa da visão, ela começava a fazer história e a construir os pilares da instituição que, no futuro, levaria seu nome e sua causa.


À frente do seu tempo, Dorina Nowill também foi responsável pela articulação e implementação de importantes políticas públicas nacionais, amplo espaço

de fala e representatividade internacional, como sua participação na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em 1981. Dorina Nowill faleceu em agosto

de 2010, aos 91 anos, deixando um legado que permanece e segue adiante por meio dos colaboradores, conselheiros, parceiros, patrocinadores e voluntários

da instituição.

Em 2019, celebramos o centenário dessa mulher, que desempenhou um importante papel na luta pela inclusão de pessoas com deficiência visual.
fonte blog dorina

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