sábado, 19 de novembro de 2016
Companhia Giradança grupo formado por bailarinos deficientes físicos, faz sucesso com o espetáculo ‘Proibidos elefantes’
Aliado ao trabalho corpóreo, a companhia usa sua arte para instigar nos espectadores a discussão sobre os limites do corpo
Gira Dança é uma companhia de dança contemporânea com sede em Natal/RN, e tem como proposta artística ampliar o universo da dança através de uma linguagem
própria, utilizando o conceito do corpo diferenciado como ferramenta de experiências.
A companhia, criada em Natal (RN) em 2005 pelos bailarinos Anderson Leão e Roberto Morais, teve sua estreia nacional na Mostra Arte, Diversidade e Inclusão
Sociocultural, realizada no Rio de Janeiro, em maio de 2005 e, desde então, tem apresentado em palcos de todo o Brasil um trabalho que rompe preconceitos,
limites pré-estabelecidos e cria novas possibilidades dentro da dança contemporânea.
PROIBIDO ELEFANTES é um espetáculo que fala do olhar como via de acesso, porta de entrada e saída de significados.
O modo como percebemos a “realidade” é resultante do diálogo que estabelecemos com esta: nosso olhar é constituído pela realidade assim como a realidade
é constituída pelo nosso olhar – a construção do sentido transita em via de mão-dupla.
O olhar enquanto apreensão subjetiva do mundo é, neste trabalho, apontado como elemento potencializador do sujeito diante do mesmo.
Proibir elefantes é restringir o acesso, impedir o livre trânsito do animal que serve como meio de transporte na Índia, mas que causaria enormes transtornos
em outras localidades.
Proibir elefantes, neste espetáculo, é proibir o olhar que ressalta as limitações, os impedimentos; que duvida da capacidade do sujeito frente à adversidade.
Proibir elefantes, aqui, é apostar no olhar do sujeito sobre si e sobre o mundo em que vive como elemento ressignificador e instaurador de realidade.
Fonte: Giradança
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