O Ministério Público Federal publicou no Diário Oficial da União a instauração de um inquérito civil para apurar irregularidades na aplicação da prova
à
pessoas com deficiência física, denunciadas por um morador do estado.
Grasielle Castro
Alvo de constantes questionamentos, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) voltou à pauta da Justiça. Ontem, o Ministério Público Federal, por meio da
Procuradoria da República na Bahia, publicou no Diário Oficial da União a instauração de um inquérito civil para apurar irregularidades na aplicação da
prova à pessoas com deficiência física, denunciadas por um morador do estado. A procuradoria jurídica do Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira
(Inep)afirma ainda não ter conhecimento sobre a representação que deu origem ao inquérito. Embora a ação do MPF seja apenas o primeiro passo para investigar
o caso, denúncias sobre a falta de acessibilidade são recorrentes.
Essa não é a primeira vez que o MPF na Bahia questiona o exame. Em outubro do ano passado, em decorrência de uma ação do ministério, a 7ª Vara Federal,
em Salvador, determinou a concessão de auxílio diferenciado aos candidatos com deficiência auditiva. Em 14 de junho deste ano, a reportagem Deficientes
visuais prejudicados no Enem, publicada pelo Correio, denunciou as dificuldades enfrentadas pelos candidatos do momento de fazer a inscrição até a hora
da prova. As reclamações vão desde a falta de espaços adaptados a ausência de funcionários capacitados. A reportagem acompanhou um estudante deficiente
visual no ato da inscrição e, nem com o auxílio de um moderno sistema de leitura de tela para cegos, ele conseguiu ter acesso ao conteúdo. O candidato
contou que em 2010, quando fez a prova pela primeira vez, não conseguiu ter acesso ao gabarito e à nota final.
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fonte correio braziliense
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