quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Torcedor deficiente visual vai à final graças a 'vaquinha' de atleticanos
O primeiro jogo da final da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, terá a presença de um torcedor símbolodo Atlético-MG no estádio Independência. Cláudio
Riquetti, deficiente visual, estará presente nas cadeiras do Horto graças a ajuda de outros atleticanos.
O alto valor dos ingressos para a decisão iria deixar de fora o torcedor. Sem condições de pagar a entrada, cujos preços variam de R$ 200 a R$ 700, Cláudio
já se conformava em não ir ao Independência na quarta-feira.
"Era uma incerteza grande, algo me dizia que iria conseguir a final, a este jogo importante, ao mesmo tempo vinha aquela voz no fundo e falava que não
ia conseguir, por conta da dificuldade em ir comprar e principalmente pelo alto valor do ingresso", disse Cláudio Riquetti ao UOL Esporte.
Porém, torcedores atleticanos, em conversas pelas redes sociais, decidiram fazer uma 'vaquinha' para pagar a entrada do torcedor símbolo, considerado 'pé
quente' nos jogos do Atlético.
"Só tenho a agradecer a este grupo de torcedores, atleticanos de coração, que se juntaram e quiseram ajudar torcedores considerados símbolos do Atlético
a estarem presentes a esta decisão e meu nome foi lembrado. É um grande motivo de felicidade para mim", observou Cláudio.
"A emoção que estou sentindo é a mesma que tive com o gol contra o Corinthians aos 42 minutos do segundo tempo e contra o Flamengo, com a classificação
para a final. Cheguei a pensar que não iria conseguir estar presente. Mas estou pronto e preparado para amanhã (quarta-feira) estar no portão três, vibrando
e comemorando", acrescentou o torcedor.
Cláudio Riquetti é deficiente visual desde os 25 anos, mas a dificuldade não o impede em estar nos jogos do Atlético. Ao lado da sua filha Luísa, de 11
anos, o torcedor é presença marcante no Independência. Antes de perder a visão, era figura frequente nas peladas de final de semana no município de Vespasiano,
na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde fica a Cidade do Galo.
O torcedor já foi, inclusive, figura de preleção do técnico Levir Culpi antes da segunda partida das quartas de final da Copa do Brasil, contra o Corinthians,
quando o Atlético conseguiu reverter derrota por 2 a 0 na partida de ida. A história de superação do torcedor foi usada para motivar a equipe alvinegra.
"Eu vou como torcedor ao estádio, pelo que me lembro, desde criança. Há muito tempo mesmo. Quando perdi a visão, no início, ia com meu irmão e não precisava
do auxilio da bengala para locomover. Agora, vou com a minha filha e uso a bengala e isso chamou atenção da imprensa", explicou Cláudio Riquetti.
O torcedor, deficiente visual, conta como é a sensação vivida por ele nos jogos do Atlético no estádio. "Eu acompanho o jogo em tempo real, com auxilio
do rádio, que é muito importante para poder entender o que está acontecendo. Mas acompanho também pela emoção e grito da torcida. Quando grita sei que
vem coisa boa, quando está mais calada, espero momento de dificuldade", d
fonte:uol
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