sábado, 5 de julho de 2014
Próteses criadas em impressoras 3D são testadas no Brasil
Projeto é uma parceria entre a Universidade Federal do ABC e o Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas de São Paulo.
da Redação
Ortopedistas do Hospital das Clínicas, em São Paulo, começaram a testar o implante de próteses criadas em impressoras 3D.
A impressora 3D trabalha mais de 20 horas sem parar. A impressão pode parecer lenta, mas quando termina, estão prontos um dorso e a palma da mão que vão
formar uma prótese para amputados.
O projeto é uma parceria entre a Universidade Federal do ABC e o Instituto de Ortopedia do Hospital das Clínicas de São Paulo. Uma professora de física
adaptou um programa da África do Sul. O trabalho começou quando a equipe do hospital encontrou um amputado disposto a ser voluntário.
“Toda terça-feira a gente vai no Hospital das Clínicas e encontra com ele. Um dedo não está legal, a gente volta, imprime aqui, volta lá de novo. Esse
é um trabalho meio que de formiguinha. Mas em oito semanas a prótese ficou como ela está aqui”, diz Maria Elizete Kunkel, coord. do projeto/UFABC.
Ricardo perdeu as duas mãos num acidente de trabalho, desde então, em sessões de fisioterapia, testa a nova mão que um dia irá ganhar. Em casa, sem a prótese,
busca maneiras de se tornar independente.
“Às vezes eu pego uma carteira e vou lá, consigo abrir ela assim pra conseguir tirar o dinheiro, contar também às vezes, eu fico mexendo assim. Então a
gente vai, o cérebro vai mostrando o que você pode fazer”, conta Ricardo Coura, auxiliar de produção.
As duas próteses mostradas no vídeo são as convencionais que existem à disposição no Brasil há muitos anos. Entre os amputados que recebem estes tipos
de próteses, o índice do abandono é de mais de 90% em menos de seis meses. O principal motivo é o peso das próteses. Uma pesa mais de 600 gramas, outra
mais de 800 gramas. A que foi feita na impressora 3D não pesa nem 300 gramas.
“O custo dela é muito baixo e a confecção é rápida e fácil. Então a gente colocando nos primeiros dias vai revolucionar um pouco a vida dos pacientes”,
afirma Mariana Camargo, terapeuta ocupacional/HC.
Com a prótese, Ricardo vai conseguir novas pequenas vitórias, fundamentais para qualquer pessoa.
“Meu nome é o principal, é a minha identidade”, diz Ricardo.
Assista ao vídeo aqui:
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2014/05/proteses-criadas-em-impressoras-3d-sao-testadas-no-brasil.html
fonte:jornal nacional
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário