sexta-feira, 20 de junho de 2014
Mané Garrincha inaugura audiodescrição para deficientes visuais
No jogo entre Suíça e Equador, no domingo (15/6), havia um ingrediente especial: um serviço que atende pessoas com deficiência visual, narrando os lances
das partidas ao vivo.
da Redação
Apenas Brasília e outras três das 12 cidades-sede foram escolhidas para oferecer inovação durante os jogos do Mundial.
Foi um jogo diferente para três torcedores que não chamavam tanta atenção, pois estavam discretamente vestidos e não usavam acessórios extravagantes. Havia
68.351 que foram ver de perto a partida entre Suíça e Equador. Dentro de campo, o placar registrou 2 a 1 para a seleção europeia. Eles eram presenças mais
do que especiais na arena brasiliense: foram os primeiros a experimentar a narração audiodescritiva, inaugurado no jogo de estreia da cidade no Mundial.
O projeto, que conta com 16 voluntários treinados para narrar os lances das partidas em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte, utiliza uma
aparelhagem semelhantes à dos rádios e fones para transmitir aos usuários. Os equipamentos foram adquiridos e doados pela FIFA às capitais, que terão o
serviço como legado da Copa.
Sentados atrás do gol do Equador no primeiro tempo, o brasiliense José Aurélio Oliveira, 48 anos, o mineiro Joaquim Fabiano Braga, 62, e o cearense Nilson
Cordeiro dos Santos, 45, não escondiam a felicidade. E certamente sentiram uma energia muito positiva quando, aos 11 minutos de jogo, a primeira “ola”
da Copa do Mundo em Brasília percorreu as arquibancadas, levando consigo um som contagiante por onde passou.
Com um fone de ouvido, José Aurélio, um santista que perdeu a visão há cinco anos devido a complicações geradas pela diabetes, voltava a um estádio pela
primeira vez desde então. “Estou muito feliz por participar de um evento como esse, uma Copa do Mundo no Brasil”, disse o brasiliense, ao fazer uma descrição
perfeita do ambiente a sua volta: “Pelo o que eu acompanhei, o estádio está lotado e muito colorido com torcedores da Suíça, do Equador e também com muitos
brasileiros, que, tenho a impressão, devem ser mais numerosos do que os dos dois times”.
A emoção não tomou conta apenas de quem ouvia a transmissão. Os narradores, que precisam estar atentos não somente aos lances da partida, mas também a
itens como linguagem corporal, entorno e o ambiente, compartilharam a alegria durante os 90 minutos de jogo. Os estudantes de jornalismo Pedro Paulo Borges
e Ana Freire voltaram para casa com um sentimento de muita felicidade após a experiência no Mané.
fonte:brasil noticias
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