segunda-feira, 17 de março de 2014
Piso tátil para cegos é ocupado por barracas
Andar pelas ruas de Salvador exige um pouco de paciência do pedestre, que muitas vezes precisa desviar de carros mal estacionados, de entulho e lixo na
calçada ou até mesmo de um buraco no meio do caminho. A situação se complica ainda mais para o deficiente visual, quando este precisa se locomover pelas
ruas transversais do Centro.
Dentro do processo de
revitalização
da área central, a prefeitura requalificou as ruas transversais que ligam a Carlos Gomes à Avenida Sete de Setembro, já ocupadas por vendedores ambulantes.
Mas, ao tentar andar sozinha pela Rua da Forca, a professora Iracema Vilaronga, por exemplo, se deparou com vários obstáculos, correndo risco de sofrer
com quedas ou bater a cabeça em algum dos objetos pendurados nas barracas, isto porque grande parte do piso tátil (faixa
exclusiva
para deficiente visual) da transversal é ocupado por barracas.
“O piso está bom, mas acabei batendo minha cabeça em alguns objetos que estavam no meio da
passagem
”. Iracema se deparou com diversas barracas de camelô instaladas em cima da passagem exclusiva a deficientes visuais. Essa é uma situação comum no resto
da cidade, segundo a professora. “Já aconteceu de eu estar passando pela faixa, pisar em um CD, sem querer, claro, e ainda ser insultada pelo vendedor”,
conta.
03/Piso-tatil-direcional2
As faixas deveriam ser exclusivas para as pessoas cegas, que guiam o caminho por onde passa a partir do piso diferenciado, promovendo uma acessibilidade
mais segura. Para a professora Iracema, as pessoas precisam se conscientizar mais. Com mestrado em acessibilidade para deficientes físicos, ela acha que
a prefeitura poderia organizar melhor os ambulantes. “De nada adianta promover o
acesso
se existem muitos obstáculos e falta de fiscalização”, afirma.
fonte :
http://www.tribunadabahia.com.br/
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