quinta-feira, 8 de maio de 2014
Primeiro parque para crianças deficientes de São Paulo é inaugurado
Após a perda trágica da filha de três anos, Rudi Fischer, executivo do setor financeiro, fundou o primeiro parque acessível de São Paulo. Outros parques
semelhantes estão previstos para sair do papel.
Raphael Martins
Em abril de 2012, o executivo Rudi Fischer largou uma bem-sucedida carreira no Banco Itaú para trabalhar em casa e ficar mais próximo da primeira filha,
Anna Laura, então com três anos de idade. Um mês depois, no entanto, a menina morreu tragicamente em um acidente de carro.
A dor da perda seria parcialmente aplacada naquele mesmo ano, durante uma viagem a Israel, quando Fischer fez uma espécie de imersão nos preceitos do judaísmo.
"Aprendi que deveria realizar algo positivo em nome dela para ajudar a elevar sua alma", lembra. Faltava o formato para implementar o plano, que foi encontrado
em Jaffa, a 50 quilômetros de Jerusalém, quando ele conheceu um escorregador adaptado para crianças com deficiência (possuía uma rampa em vez de escada).
Nasceu ali a ideia de construir o primeiro parquinho infantil acessível da cidade de São Paulo, que foi inaugurado no dia 25 de janeiro em uma unidade
da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), no Parque da Mooca, na Zona Leste.
Batizada de Anna Laura Parques para Todos, a iniciativa conta com a colaboração da própria AACD, que disponibilizou terapeutas para ajudar a projetar os
brinquedos, ao lado de engenheiros e arquitetos voluntários. Ao todo são quinze peças no local, como balanços para crianças com dificuldades motoras e
equipamentos com recursos para o uso por cadeirantes.
O investimento total foi de 120 mil reais, bancados integralmente por Fischer, hoje aposentado do mercado financeiro. A ação será levada adiante com a
inauguração de mais espaços semelhantes, o próximo no Parque do Cordeiro, em Santo Amaro, ainda neste ano. Outros devem ser implantados em cidades como
Recife e Porto Alegre. "É emocionante poder ajudar o próximo por meio de uma homenagem à minha filha", diz. Ele ainda pretende lançar um livro com a história
da menina nos próximos meses e fundar uma ONG de auxílio a pais em luto.
fonte:planeta sustentavel
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