sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Londrina terá residência inclusiva para pessoas com deficiência
Construção de uma casa foi incluída no orçamento do ano que vem. Hoje, 107 pessoas precisam de atendimento continuado
da Redação
Em Londrina, pelo menos 107 pessoas que têm algum tipo de deficiência que gera dependência, vivem em situação de pobreza e sem quem cuide delas. De acordo
com estudo realizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social, 14 delas estão em abrigos como Lar Anália Franco, Bom Samaritano, Pão da Vida e Casa
do Caminho. O restante vive com a família, mas passa por situações de vitimização, como abandono e negligência. A necessidade de criar serviços municipais
que atendam estas pessoas de forma qualificada foi apontada na 6ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, realizada na semana passada,
como uma das principais propostas tiradas no evento, que vão subsidiar a criação da Política Pública Municipal para a Pessoa com Deficiência. “Esta é a
proposta mais importante e o atendimento urgente que precisa ser prestado à pessoa com deficiência”, afirma a presidente do Conselho Municipal da Pessoa
com Deficiência, Lindaura dos Santos Prezotti.
A intenção é criar 10 residências inclusivas com cuidadores e equipe multiprofissional (psicólogo, enfermeiro, assistente social, entre outros). De acordo
com o Assessor de Assuntos para Acessibilidade, Almir Escatambulo, para o próximo ano foi possível incluir para orçamento da Secretaria da Assistência
Social, aproximadamente R$ 400 mil para a implantação de apenas uma unidade. “Com muito custo”, diz ele.
A diretora de proteção social especial da Assistência Social, Nívea Polezer, afirma que para a manutenção mensal da residência haverá investimento de R$
10 mil da União, R$ 5 mil do Estado e a contrapartida do Município ficará entre R$ 35 mil e R$ 40 mil. A residência terá capacidade para 10 pessoas e será
totalmente adaptada para necessidades especiais, assim como o veículo para transporte dos moradores.
Nívea explica que a criação da residência segue orientação do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). “Buscamos também parâmetros
em serviços já implantados em outros municípios”, afirma. A diretora diz que o público a ser atendido é formado por jovens e adultos em situação de dependência
por causa de diferentes tipos de deficiência - que prioritariamente recebam o benefício de prestação continuada - e não disponham de condições de auto
cuidado e auto sustentabilidade.
“A residência será um tipo de abrigo para aqueles que todos os seus vínculos familiares estão fragilizados ou rompidos. São pessoas que ninguém olha por
elas. Por isso, precisam de medida de proteção de abrigo.”
Política Pública será votada ano que vem
Londrina tem aproximadamente 117.300 pessoas com algum tipo de deficiência, o equivalente a 23% da população, segundo a presidente do Conselho Municipal
de Pessoas com Deficiência, Lindaura Prezotti. Por isso, o Conselho quer que seja criada a Política Pública Municipal de Pessoas com Deficiência. Este
foi o foco da Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência. O assessor de Assuntos para Acessibilidade, Almir Escatambulo, afirma que assim
que o Conselho encaminhar as propostas retiradas na Conferência será criado o projeto de lei para ser votado no próximo ano. “Não sabemos ainda se o projeto
será encaminhado pelo Executivo ou pelo Legislativo.”
Presidente do Conselho, Lindaura diz que as propostas ainda estão sendo tabuladas e estarão prontas até 2 de dezembro. Ela afirma que a criação da Política
Pública Municipal será fundamental para garantir os direitos da pessoa com deficiência. “Ao termos uma lei temos um orçamento e temos como cobrar o poder
público”, diz
fonte:jornal de londrina
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