segunda-feira, 11 de novembro de 2013
Alunos da Unopar criam bebedouro adaptado para deficientes visuais
Alunos do curso de Engenharia Elétrica da Unopar aceitaram um desafio
feito por um professor e acabaram inventando um bebdouro adaptado para
os cegos.
Josiel Machado Bomfim, Paulo Henrique Ranutti, André Sergio da Silva e
Éder Goularte Ferreira tinham uma
da Redação
Josiel Machado Bomfim, Paulo Henrique Ranutti, André Sergio da Silva e
Éder Goularte Ferreira tinham uma proposta de trabalho para calcular o
volume de
um objeto ou o centro de gravidade de alguma peça através de integrais,
uma disciplina do segundo semestre do curso.
Josiel conta que foi dormir uma noite pensando nisso e acordou com sede.
Sozinho na cozinha, no escuro, em vez de acender a luz, ele começou a
pensar como
uma pessoa cega faria para beber água. Mesmo que ela achasse o bebedouro
pelo tato, como saberia quando o copo estivesse cheio? A curiosidade foi
o início
de uma pesquisa que durou dois meses.
"Nosso maior desafio foi encontrar um sensor capaz de identificar o copo
e também transcrever o programa para a baixa linguagem usada no
computador", conta
Josiel.
Além de um bebedouro perfeitamente adaptado, que emite um sinal sonoro
assim que o copo fica cheio, os alunos também criaram e desenvolveram um
símbolo
específico para "bebedouro" em piso tátil, que pode ser facilmente
percebido por um deficiente visual.
Na prática, eles tiveram a ajuda de Luiz Carlos de Oliveira, tio de um
dos alunos. "Ele não enxerga e nos ajudou fazendo teste para garantir a
eficiência
do bebedouro e também do piso tátil", explica Josiel. Finalmente, os
resultados foram aprovados. "Todos os nossos professores foram muito
positivos, especialmente
a professora Jenais Cazzera, que além de nos incentivar, doou uma
calculadora HP 50G para que fizéssemos uma rifa a fim de conseguir
dinheiro para patentear
o nosso trabalho", agradece Josiel.
Funciona assim: seguindo o piso tátil, o deficiente visual chega ao
bebedouro. Pelo tato ele localiza o copo, coloca embaixo da torneira e
aperta o botão
para encher. Depois é só aguardar um sinal sonoro que indica que o copo
está cheio. "Caso a pessoa de distraia e esqueça o copo ali, o bebedouro
emite
uma série de apitos para lembrar que o copo já está cheio", acrescentam.
O que eles querem agora é divulgar a ideia e ver o bebedouro instalado
em locais públicos: bancos, rodoviária, teatros, estabelecimentos de
ensino. De
acordo com os alunos, o custo de casa bebedouro adaptado é de R0 reais,
incluindo o preço de um purificador novo de água. Eles também acreditam
que o símbolo
criado por eles para o piso tátil será incorporado às calçadas: "Sem
essa sinalização é pouco provável que o deficiente encontre o
bebedouro", indicam.
Mais do que vencer o desafio dado pelo professor, os alunos ficaram
empolgados com a percepção de criar uma coisa que pode tornar mais fácil
a vida de
outras pessoas: "Foi extremamente gratificante e empolgante perceber que
podemos fazer grande diferença na vida de gente como o senhor Luiz
Carlos, que
ficou feliz de participar do projeto conosco", concluem.
fonte:bonde
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