sábado, 20 de abril de 2013
Empresas mostram tecnologias para melhorar a vida de deficientes
Além de dar voz a multidões, a tecnologia também pode dar a chance de deficientes auditivos ouvirem melhor e tetraplégicos escreverem.
Algumas dessas inovações deram forma a produtos, que mostrados na Feira Internacional de Tecnologia em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade (Reatech),
que começou na quinta-feira (18) e termina no sábado (20), em São Paulo.
“Em vez de usar a tecnologia para ficar falando mal dos outros no Facebook, a gente faz a vida das pessoas melhor”, disse Daniel Bronzeri, da empresa Métodos
Soluções Inteligentes, um dos 300 expositores do evento. “A tecnologia tem esse poder", afirma.
Audiação via bluetooth
A companhia vai apresentar em primeira mão a campainha para surdos. Chamado de Vibra Bell, o aparelho acopla uma câmera instalada ao botão da campainha,
funciona em conjunto com um aplicativo e é conectado à internet. Toda a estrutura foi desenvolvida sobre o sistema operacional Android, do Google.
Quando tocado, o dispositivo dispara uma foto, que é enviada para o app do serviço instalado no smartphone do surdo. Com isso, diz Bronzeri, é possível
saber não só que há alguém na porta, mas também identificar o indivíduo. Segundo ele, a empresa trabalha em uma nova função que abrirá a porta à distância.
“O aplicativo tem maiores possibilidades, como para pessoas que têm mobilidade reduzida.”
Deficientes auditivos também são o foco da Oto-Sonic. A empresa é distribuidora da fabricante de aparelhos auditivos Bonafon, criadora de um dispositivo
que daria inveja aos fãs dos fones mais modernos. É um aparelho auditivo que se conecta por bluetooth a aparelhos eletrônicos, como TVs, telefones fixo
e móvel, tablets, computadores e GPS.
Mesmo usando aparelhos, os deficientes auditivos possuem dificuldade para ouvir os sons emitidos pela televisão, computadores e GPS, conta Elizabetta Radini,
fonoaudióloga responsável pelo Departamento de Audição da Oto-Sonic. “O som vai se propagando no ar e perdendo energia. Dependendo do tamanho da sala,
o som chega baixo ou distorcido”, explica.
Já a complicação com celulares e telefones decorre porque o captador de áudio do aparelho auditivo fica em cima da orelha. “Não dá para ouvir e falar ao
mesmo tempo.”
O aparelho funciona assim: um adaptador é ligado aos eletroeletrônicos que não possuem canal direto de bluetooth para conectá-los ao aparelho auditivo
–celulares e tablets não precisam de intermediação. Por meio do bluetooth, o som vai direto ao ouvido. Para controlar o som e atender ligações, o usuário
carrega uma espécie de controle, que também serve como microfone.
O aparelho começou a ser importado para o Brasil no ano passado e já é utilizado, conta Randini. “Temos um paciente que não atendia ligações.
Hoje, ele brinca que é o telefonista da casa.” Outra paciente, uma médica, costumava assistir cirurgias no iPad, mas sem áudio. Agora, ela já pode ouvir
os comentários dos cirurgiões durante o procedimento.
Outras tecnologias
A feira também apresenta produtos tecnológicos para tetraplégicos. A Civiam leva computadores e tablets para deficientes motores, que permitem digitar
com os olhos. O sistema de rastreamento ocular identifica para qual tecla o usuário está olhando e a escreve na tela.
Deficientes visuais não foram esquecidos. Há aparelhos portáteis que leem textos por eles para depois lhes narrar o conteúdo e dispositivos traduzem os
caracteres exibidos em telas de computador, celula e tablets para o Braille.
¤
fonte rede saci
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário