Dia nacional do Braille dia nacional do braille Dia 08 de abril, comemoramos o Dia Nacional do Braille no Brasil. Devemos render reverências a José Álvares
de Azevedo, pioneiro no ensino para deficientes visuais no Brasil. O Braille possibilita a leitura para pessoas com deficiência visual, é um sistema de
leitura para cegos por meio do tato, criado pelo francês Louis Braille, que perdeu a visão aos três anos de idade. Louis Braille apresentou a primeira
versão do seu sistema de escrita e leitura com pontos em relevo para a utilização do deficiente visual em 1825. Sua escrita é baseada na combinação de
6 pontos, dispostos em duas colunas de 3 pontos, que permite a formação de 63 caracteres diferentes que representam as letras do alfabeto, números, simbologia
aritmética, fonética, musicográfica e informática. Infelizmente nos dias de hoje a escrita Braille para muitos deficientes se tornou obsoleta, já que a
tecnologia tornou a vida do deficiente mais pratica com os leitores de tela e celulares. Na escola as matérias são digitalizadas e o deficiente usa um
notebook, é muito importante a tecnologia nas nossas vidas, nos dá mais liberdade, mas não devemos deixar a escrita Braille em segundo plano pois muitos
deficientes que utilizam a internet já esqueceram da escrita, Não podemos deixar que esta bela ajuda que Louis Braille criou e que tanto ajudou no passado
às pessoas deficientes se incluir no contexto escolar... morrer. O Dia Nacional do Braille no Brasil nos convida para uma reflexão, onde a inclusão social
dos deficientes visuais aponta uma necessidade no país, então porque o Braille anda esquecido? - Porque o computador faz tudo e o Braille é mais lento...
Essa foi a resposta que recebi de um aluno dia desses... Mas eu preciso do Braille no cardápio do restaurante, na bula do remédio, no clássico da literatura
e para mandar um cartão de Feliz Páscoa para o meu amor... Fui apresentado a esse sistema de escrita e 1986, pois um amigo era deficiente visual e eu achei
muito interessante a maneira dele escrever... Na época éramos deixados de lado, ele por ser cego e eu era um gordinho esquisito... Foi lucro para mim,
pois dediquei parte da vida a essa aprendizagem e fiz grandes amigos e hoje faço um trabalho diferenciado com meus alunos onde apresento a eles esse sistema
que na minha opinião deveria ser disciplina nas escolas. Texto feito a 4 mãos, Professor Ton Praddo e Professor Marcos Aurélio Júnior José Álvares de Azevedo
________________________________________ (1834 - 1854) ________________________________________ Patrono da Educação dos cegos no Brasil nascido na cidade
do Rio de Janeiro, então capital do Império, um vulto tem projeção especial por ter sido um pioneiro, missionário e idealista da Educação dos Cegos no
Brasil. De uma família abastada, era filho de Manuel Álvares de Azevedo, e tendo nascido cego teve especial dedicação por parte dos seus pais, e desde
cedo, despertou mostrou-se de grande vivacidade e inteligência precoce. Um amigo da família, Dr. Maximiliano Antônio de Lemos, soube que existia, na França,
uma escola para atender a alunos cegos e onde o menino poderia estudar e após muita relutância, seus pais acabaram aceitando a idéia de enviá-lo à Europa
(1844) para estudar no Instituto Real dos Jovens Cegos de Paris. Depois de seis anos ininterruptos, dedicando-se inteiramente aos estudos, e justamente
durante um período em que o invento de Louis Braille estava sendo experimentado, voltou ao Brasil como um brilhante ex-aluno da escola de Paris (1850),
com o propósito de difundir o Sistema Braille e com o ideal de poder criar uma escola para cegos, semelhante ao Instituto Real dos Jovens Cegos de Paris.
Escreveu e publicou, na imprensa, artigos sobre as possibilidades e condições de pessoas cegas poderem estudar, sendo ele próprio um exemplo dessa realidade
e tornou-se professor do Sistema Braille para pessoas cegas, no Brasil, ensinando a ler e a escrever a outras pessoas, tirando-as do analfabetismo. Assim
começou a ensinar a uma moça cega,Adélia Sigaud, filha do Dr. Francisco Xavier Sigaud, médico francês naturalizado da Corte Imperial, que o levou para
uma entrevista com o Imperador do Brasil, D. Pedro II. A demonstração de como uma pessoa cega podia escrever e ler correntemente, pelo Sistema Braille,
deixou o Imperador interessado e sensibilizado e imediatamente concordou com a idéia e a proposta de se criar uma escola para cegos, semelhante à escola
de Paris, no Rio de Janeiro, e delegou plenos poderes ao jovem professor e ao seu médico Dr. Sigaud, para desenvolverem o processo para a criação dessa
escola. Desse ideal resultou na fundação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, depois Instituto Benjamin Constant (1891) em homenagem ao seu terceiro
diretor, cujo ato de inauguração ocorreu no dia 17 de setembro (1854). Porém para tristeza dos presentes ao ato da inauguração, o seu idealizador não estava
presente, pois morrera seis meses antes, no dia 17 de março de 1854, vítima de tuberculose, com apenas vinte anos de idade. No entanto o grande objetivo
do jovem idealista tornava-se uma realidade e seu nome eternizado na mente dos deficientes visuais do Brasil. O Doutor Xavier Sigaud tornou-se o primeiro
diretor do Instituto (1854-1856) e também morreu dois anos depois.
http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/JoseAAze.html
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