segunda-feira, 27 de maio de 2013
Deficiente visual passa em concurso e Prefeitura de Piracicaba nega vaga
Professora foi aprovada em 2º lugar entre candidatos com deficiência. Perícia médica do município, porém, a considerou inapta para o cargo.
A professora Camila Birollo, de 32 anos, que é deficiente visual, passou em segundo lugar em um concurso público para ser professora substituta de educação
infantil na rede municipal de ensino de Piracicaba (SP). Ela, porém, foi considerada inapta para o cargo pela perícia médica do município e aponta que
a limitação, que a permitiu participar do concurso, teria sido a razão para ser reprovada no exame.
Camila discursou na noite desta quinta-feira (9) na tribuna popular da Câmara de Piracicaba e pediu a ajuda dos vereadores para ser efetivada no cargo
para o qual se classificou. Ela não acusou o médico que a examinou de preconceito, mas disse "não entender" a razão para ter sido considerada inapta,
uma
vez que a deficiência não a impediu de prestar o exame.
No concurso, realizado em 3 de março deste ano, três pessoas com deficiência fizeram a prova e Camila obteve o segundo lugar com 65 pontos na classificação
geral. Ela tem 20% de visão em um dos olhos e não enxerga nada com o outro. Para a prova, foi permitido que uma pessoa lesse as perguntas e escrevesse
as respostas ditadas por ela.
Depois de convocada, no entanto, o relatório da Prefeitura a considerou inapta para o cargo, segundo publicação no Diário Oficial do Município de 4 de
maio. "Eu quero acreditar que não fui reprovada por preconceito, mas também não conheço outra razão para isso ter acontecido. Eu sou capacitada, estudei
cinco anos para trabalhar na área", afirmou a professora na Câmara.
O presidente do Legislativo, João Manoel dos Santos (PTB), disponibilizou o departamento jurídico da Casa de Leis para auxiliar Camila a obter a resposta
para a rejeição no concurso. A Prefeitura de Piracicaba, por meio de nota, informou que cabe ao Serviço Municipal de Perícias Médicas (Sempem) apontar
se a deficiência do concursado é compatível com a função que ele vai exercer.
Um trecho do edital informa que a Prefeitura não se responsabiliza por auxiliar em algumas limitações físicas: "Há impossibilidade da Prefeitura de Piracicaba
em providenciar adaptações individuais específicas para que o candidato desempenhe adequadamente a função para o qual se candidatou, incluindo o fornecimento
de órteses, próteses e outros materiais e meios necessários para se fazer entender, ler ou ir e vir."
Seção da mensagem anexada
Deficiente visual passa em concurso e Prefeitura de Piracicaba nega vaga
Professora foi aprovada em 2º lugar entre candidatos com deficiência. Perícia médica do município, porém, a considerou inapta para o cargo.
A professora Camila Birollo, de 32 anos, que é deficiente visual, passou em segundo lugar em um concurso público para ser professora substituta de educação
infantil na rede municipal de ensino de Piracicaba (SP). Ela, porém, foi considerada inapta para o cargo pela perícia médica do município e aponta que
a limitação, que a permitiu participar do concurso, teria sido a razão para ser reprovada no exame.
Camila discursou na noite desta quinta-feira (9) na tribuna popular da Câmara de Piracicaba e pediu a ajuda dos vereadores para ser efetivada no cargo
para o qual se classificou. Ela não acusou o médico que a examinou de preconceito, mas disse "não entender" a razão para ter sido considerada inapta,
uma
vez que a deficiência não a impediu de prestar o exame.
No concurso, realizado em 3 de março deste ano, três pessoas com deficiência fizeram a prova e Camila obteve o segundo lugar com 65 pontos na classificação
geral. Ela tem 20% de visão em um dos olhos e não enxerga nada com o outro. Para a prova, foi permitido que uma pessoa lesse as perguntas e escrevesse
as respostas ditadas por ela.
Depois de convocada, no entanto, o relatório da Prefeitura a considerou inapta para o cargo, segundo publicação no Diário Oficial do Município de 4 de
maio. "Eu quero acreditar que não fui reprovada por preconceito, mas também não conheço outra razão para isso ter acontecido. Eu sou capacitada, estudei
cinco anos para trabalhar na área", afirmou a professora na Câmara.
O presidente do Legislativo, João Manoel dos Santos (PTB), disponibilizou o departamento jurídico da Casa de Leis para auxiliar Camila a obter a resposta
para a rejeição no concurso. A Prefeitura de Piracicaba, por meio de nota, informou que cabe ao Serviço Municipal de Perícias Médicas (Sempem) apontar
se a deficiência do concursado é compatível com a função que ele vai exercer.
Um trecho do edital informa que a Prefeitura não se responsabiliza por auxiliar em algumas limitações físicas: "Há impossibilidade da Prefeitura de Piracicaba
em providenciar adaptações individuais específicas para que o candidato desempenhe adequadamente a função para o qual se candidatou, incluindo o fornecimento
de órteses, próteses e outros materiais e meios necessários para se fazer entender, ler ou ir e vir."
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