O Assim Vivemos, Festival Internacional sobre Deficiência, participou do XI Araribóia Cine, na manhã de hoje, no Sesc Niterói. Com curadoria de Lara Pozzobon,
a sessão foi seguida de debate com a participação de Lucília Machado, coordenadora do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão- Sensibiliza UFF. Foram exibidos
os curtas-metragens "Por Fora/Por Dentro", "Um Monte de Coisas" e "Os pregadores de Roupas", todos com audiodescrição e língua de sinais (LIBRAS).
Lara Pozzobon e Lucília Machado
A plateia, o diretor Maurício Parize, o júri cultural e os alunos de ensino médio da rede estadual das escolas Guilherme Briggs e José Bonifácio, acompanharam
a história de três jovens: Nick, Thomas e Alban, cada um com uma deficiência (Autismo, Síndrome de Down e Deficiência Visual) ao ultrapassar barreiras
e romper estereótipos.
Debate
Após os curtas, Lucília apresentou o trabalho do Sensibiliza e a iniciativa de implementar o projeto de acessibilidade não apenas física, mas também metodológica,
comunicacional e atitudinal na instituição.
Para o Sensibiliza, não basta tornar o vestibular acessível e inserir o aluno na graduação, a UFF tem que promover condições para o estudante com qualquer
tipo de deficiência manter-se na universidade. Para tornar esse objetivo viável, o caminho acessível do Campus do Gragoatá foi construído. Projetos como
biblioteca e laboratório acessíveis estão em andamento.
Lara Pozzobon, produtora de cinema, teatro e festivais, explicou a necessidade de tornar todo tipo de comunicação acessível, especificamente os produtos
culturais, através de audiodescrição, catálogos em Braille, legendas Closed Caption, interpretação em LIBRAS, além de salas de cinemas acessíveis à cadeirantes.
A idealizadora e diretora do Araribóia Cine, Tetê Matos, acredita que a audiodescrição ultrapassa a resistência ao recurso. O argumento é que a descrição
em áudio atrapalha concentração e compreensão. Para Tetê, o dispositivo é importante, pois revela as nuances e sutilezas apresentadas.
Festival Assim Vivemos
Em 2012, o festival chegou a sua 5ª edição. O evento ocorre três vezes ao ano em diferentes estados e cidades e tem se constituído na maior celebração de
inclusão cultural do Brasil.
Reportagem de Mianon Nascimento
Fonte: Universidade Federal Fluminense
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