segunda-feira, 22 de julho de 2019

Cegos, cães-guias e a luta da mobilidade em SP

Só no Estado, são mais de um milhão de pessoas com grande dificuldade de enxergar e 140 mil totalmente cegas
Se a mobilidade urbana já é uma desafio enorme para quem não tem tantas limitações, para as pessoas com deficiência visual acompanhadas de seus cães-guias,

a luta é maior ainda.

De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), são mais de um milhão de pessoas com grande dificuldade de enxergar e 140

mil pessoas totalmente cegas no Estado de São Paulo.

Conviver com calçadas irregulares, cheias de buracos e desníveis, é um problema para cegos, que ainda têm que lidar com passantes que desviam a atenção

de seus cães-guias, interagindo e brincando sem pedir permissão do tutor, atrapalhando todo o planejamento do percurso traçado. Além disso, há, também,

corridas de aplicativos de transporte (como Uber, 99 e Cabify) canceladas por motoristas por causa da presença do animal a trabalho.

Os obstáculos apareceram para essas pessoas logo ao sair de casa: portões que ocupam as calçadas, pisos e calçadas em más condições, trânsito tanto de

veículos quanto de pedestres, afinal, muitas vezes, por problemas com as calçadas sem infra-estrutura, ou ocupadas, por exemplo, por mesas e cadeiras de

bares e restaurantes, a pessoa com deficiência visual precisa optar por desviar e andar pela rua, junto ao seu cão-guia, para evitar dificuldades ainda

maiores.

A hora de pegar um ônibus também é um problema: além de os aplicativos não serem precisos, o cego precisa da ajuda dos motoristas ou de outros passageiros

para conseguir pegar a linha certa. A história com o metrô tampouco é muito diferente.

Segundo o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), nenhum motorista pode cancelar uma corrida por causa do cão-guia e, em nota, a empresa 99

confirmou que orienta seus motoristas a respeitarem os passageiros e, inclusive, a Lei. Os passageiros que se sentirem lesados, devem acionar as empresas

para que as medidas cabíveis sejam tomadas.

Fonte:
G1 Site externo

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